O parecer favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) começou a ser votado nesta segunda-feira (11) pela Comissão do Impeachment, que de sexta (8) para sábado (9) já deu um aperitivo do clima que será instalado no Congresso nos próximos dias. Dos 61 inscritos para discutir o relatório, 21 defenderam o governo e 39 concordaram com o teor do relatório, entre os quais o único catarinense na comissão, o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), que falou depois das 4 horas da manhã de sábado.
Para ele, o crime de responsabilidade das “pedaladas fiscais” é apenas a ponta o iceberg de um governo que perdeu totalmente o controle das contas, colocando o Brasil na mais profunda crise da história. Mariani acredita que o impeachment passa tanto na Comissão quanto no Plenário da Câmara no próximo domingo (17). “Estou aqui desde às duas horas da tarde de sexta-feira, já passa das quatro horas da manhã de sábado, mas eu esperaria o que fosse necessário. Sou o único catarinense nesta comissão e preciso traduzir o desejo da maioria do meu Estado. Em Santa Catarina, Dilma teve a menor votação e hoje tem a maior rejeição. Não trata-se apenas de dar prosseguimento ao impeachment da presidente, mas de escolher um novo caminho ao Brasil, pois este governo acabou. Com o voto vamos dizer se queremos continuar com essa política que nos empurrou para o um profundo poço”, destacou o parlamentar.
Segundo Mariani, o descontrole da economia brasileira pode ser visto no tamanho da dívida pública. “Em 2004, era R$ 1,1 trilhão. Ano passado foram R$ 2,8 trilhões. Não preciso dizer mais nada. E esse ano vamos para R$ 3,3 trilhões”, citou ele. O deputado ainda lembrou que dos 16 deputados federais catarinenses, 14 já se decidiram pelo impeachment da presidente , bem como os três senadores.