No domingo começou oficialmente o período eleitoral, e está liberada a campanha dos candidatos que disputam cargos nas eleições de outubro. Apesar de estarem oficialmente em campanha, ainda deverá demorar um pouco para que sejam vistas as placas e os santinhos circulando, pois precisam ser julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral os registros de cada candidato. Só assim eles receberão os CNPJs para compras e outras ações relacionadas à campanha.
Mas, para o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), que concorre à reeleição e busca seu terceiro mandato consecutivo, a campanha começa mesmo só a partir de 18 de agosto, quando iniciam os programas de rádio e televisão. “A campanha estadual não é tão aguerrida quanto uma disputa para prefeito, por exemplo. E, além disso, o ritmo só se intensifica mesmo com o período de campanha na tevê”, explica.
Ainda na avaliação de Mariani, a campanha para quem busca a reeleição inicia muito antes, com trabalho intenso sendo desenvolvido ao longo do mandato. “Não são três meses de campanha que vão resolver”, define. Para ele, o histórico do político é levado em conta pelo eleitor na hora de apertar os botões da urna eletrônica.
Com relação à sua campanha, Mariani diz que agora é que irá definir as estratégias. Não conseguiu fazer com antecedência, pois tinha dúvida sobre qual cargo iria disputar neste ano. Outro desafio é o de ser bem votado em uma coligação proporcional com mais 11 partidos. “De um certo modo é boa essa coligação grande, pois os partidos, sozinhos, não têm grande número de candidatos de muitos votos. Assim acaba ajudando”, analisa.
Já o deputado estadual Sílvio Dreveck (PP), que também está em busca de seu terceiro mandato, acredita que o fato de seu partido disputar a eleição proporcional com chapa pura foi fundamental para que os progressistas tentem ampliar de seis para sete o número de deputados estaduais. “Temos uma boa nominata. Muita gente com poder grande de votos, e isso pode ser positivo”, destaca.
Outros candidatos
Alan Moreira (PMN): O são-bentense disputa uma vaga no Senado Federal. Já disputou eleições para deputado estadual, em 2010, e para vereador, em São Bento, em 2012.
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Julio Ronconi (PPS): De Rio Negrinho, já foi vereador e candidato a vice-prefeito da cidade, em 2012. Agora ele disputa uma vaga na Assembleia Legislativa.
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Clemir Spinelli (PSDB): De São Bento do Sul, já foi suplente de vereador e chegou a assumir, por um período, no Legislativo são-bentense. Agora tenta cargo de deputado estadual.
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Maurício Maia (PT): De São Bento do Sul, tenta uma vaga de deputado estadual.
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Hodzney Nogueira (PMN): De São Bento do Sul, ele concorre ao cargo de deputado federal. Em 2012, disputou a eleição municipal, tentando se eleger vereador.
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Antônio Aguiar (PMDB): De Canoinhas, mas atuando na região, é deputado estadual e está em busca da reeleição. Esta é sua terceira eleição.
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Rogério Fossati (PSol): Já disputou as duas últimas eleições para prefeito em São Bento do Sul e agora busca uma vaga na Assembleia Legislativa.
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Paulino Barbosa (PSC): Busca uma vaga a deputado estadual. Em 2008, foi candidato em 2008 ao cargo de vereador.
Além disso, Dreveck acredita que o fato do PP ter se coligado com o PSDB na disputa ao governo do Estado possa equilibrar as forças e levar a eleição até mesmo ao segundo turno. E, pela empolgação das bases, principalmente no Planalto Norte, ele crê em uma campanha um pouco mais fácil. “Ficou mais favorável para pedir votos, principalmente, no Planalto Norte”, disse.
Dois nomes no PMDB
Até ontem, em Rio Negrinho, seguiam dois nomes do PMDB na disputa por uma vaga de deputado estadual. Abel Schroeder e Erkson Wantowski se dizem interessados na disputa, Abel, até mesmo, diz estar em campanha. Já Wantowski, adota o discurso de cautela, dizendo que tem seu registro de candidatura feito, no entanto, está disposto a dialogar com o partido. “Não podemos colocar em risco a região por questões internas”, resume.
Erikson explica que deve se reunir com lideranças do PMDB e com Abel Schroeder para então decidir quem seguirá na disputa. Ele, no entanto, se diz preparado e com vontade de correr atrás de votos na região. “O partido é predominante, tanto que a vaga de deputado não é do candidato, e sim, do partido”, disse.
Por outro lado, Abel diz que vem fazendo sua campanha junto aos diretórios municipais do PMDB − de Campo Alegre a Porto União −, há bastante tempo, por isso não estaria disposto a deixar de lado a oportunidade de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. “Sei que vai ser uma eleição difícil, pois a legenda será alta devido à coligação. Mas se vai ser difícil pra um, será para todos”, disse. Ele revela, ainda, que tem circulado com frequência em todos os municípios da região, já falando sobre sua candidatura.