O deputado estadual Silvio Dreveck (PP) participou da reunião da sigla em São Bento do Sul, na quinta-feira, onde a maioria deixou claro o desagrado em participar de uma coligação com a participação do PMDB. No entanto, o deputado explica que, em caso de confirmação desta coligação em apoio à reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD), a proposta será de apoiá-lo como integrante do PSD e não ao PMDB, que pode estar na chapa na condição de vice.
Dreveck destaca que a tendência maior é mesmo seguir o PSD para tentar mais um mandato de Colombo, mas que não estão descartadas as possibilidades de aliança com o PSDB, numa eventual composição com o senador Paulo Bauer. “Isso ainda está sendo discutido pelo comando da sigla, em Florianópolis, mas as negociações com o PSD estão cada vez mais avançadas, especialmente, com o posicionamento do PMDB que ameaça deixar a coligação em caso de participação dos progressistas. Essa é uma decisão deles, nós estamos trabalhando para fechar aliança com o Colombo e o PSD”, disse o deputado.
Ainda sobre a decisão dos rumos que a sigla vai seguir, Dreveck deixa claro que acontecerá a convenção partidária, cabendo aos delegados a definição pelo Partido Progressista. O que tem, de fato, na negociação com o PSD é que a vaga ao senado será ocupada por um candidato do PP, que possivelmente será o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Joares Poncicelli.
O deputado são-bentense ainda leva em conta que o PP estará no apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). “Embora não haja nenhuma posição formal, o PSD catarinense tem se manifestado em apoio à presidenta para a reeleição. O que eu gostaria é que esse assunto tivesse sido tratado anteriormente. O diretório municipal prefere uma aliança com o PSDB, mas isso não reflete o desejo de todo estado. Mas, isso acontecendo, teremos que saber quais serão os candidatos ao governo, vice e ao senado. São coisas que precisam ser analisadas com mais cautela”, disse.
Tendência
Dreveck reforça a existência de uma tendência, bastante forte, de o PP fechar com o PSD, mas ainda precisa de uma reafirmação do governador sobre o desejo de concretizar esse projeto. “Quanto ao PMDB, eles têm que decidir se ficam com o PSD, ou não. Mas a tendência mais forte é que estejamos com o governador. Sobre estarmos na aliança e o PMDB seguir no mesmo caminho, temos que ponderar algumas situações. Em nosso reduto, o eleitor tem buscado deixar o voto na região, basta uma análise dos que eu recebi e os votos que o Mariani (Mauro/PMDB) recebeu, foi voto casado. Então a conclusão é que, independente de voto partidário, que é um direito de quem tem uma sigla, o eleitor está votando em gente da região”, encerrou.
