O auditório do Centro de Excelência Evaristo Stoeberl ficou praticamente lotado na noite de quarta-feira, quando a Associação Empresarial de Rio Negrinho (Acirne) promoveu palestra comemorativa aos seus 36 anos de fundação. O responsável em conversar com o público foi o rio-negrinhense Dietmar Lilie, hoje uma das principais mentes criativas da Embraco – líder mundial na produção de compressores.
Durante a palestra, Lilie contou da sua infância em Rio Negrinho e do gosto, desde cedo, pela descoberta. “Minhas primeiras experiências foram na marcenaria do meu avô. Ao invés de jogar futebol, eu inventava foguetes. Até hoje muitos ainda lembram de um carrinho que eu inventei quando era piá e que chamavam de treco do Dietmar”, recordou.
Ainda em sua juventude, Lilie disse que explorou muito a cidade e até mesmo montou seu primeiro laboratório em um terreno baldio próximo de casa. Foi lá que também criou um avião utilizado em festas de igreja. “Com ele eu arrecada dinheiro dos meus vizinhos”, sorriu o inventor.
Após concluir o curso técnico mecânico na Escola Técnica Tupy, ele foi trabalhar na Embraco, que havia sido fundada anos antes. Na empresa, iniciou na área de manutenção de compressores, onde chamou a atenção por desmontar os aparelhos e nem sempre conseguir montá-los novamente como eram inicialmente. Mesmo assim, logo foi alçado ao setor de desenvolvimento de produtos, onde “se encontrou”.
Festivo
O presidente da Acirne, Altair Ruthes, ressaltou a trajetória da entidade ao longo dos 36 anos de fundação e destacou os avanços obtidos graças à união do empresariado. “Tivemos várias conquistas e seguiremos cobrando e trabalhando para encontrar formas de alavancar o desenvolvimento de nossa cidade”, anunciou.
Pilares
Diante de um público formado por empresários, acadêmicos da UnC e comunidade, Lilie também apresentou os pilares que considera fundamentais. Para ele, a família, a prática esportiva (as inúmeras viagens de bicicleta e os voos de planador) e o trabalho na Embraco são o tripé de sua vida.
O palestrante ainda ressaltou a necessidade das empresas investirem mais na formação dos trabalhadores, com incentivo à profissionalização. “É necessário também se investir na vocação da cidade”, ressaltou.
