A colocação e a manutenção de vasos de flores, floreiras e outros recipientes do gênero que não possuam condições de escoamento de água estão proibidas em São Bento do Sul. A lei foi publicada pelo prefeito Fernando Tureck (PMDB) e estabelece que familiares de entes queridos têm seis meses para regularizarem a situação, ou seja, até o final de setembro/início de outubro. Se a regularização não for feita pelos titulares dos túmulos ou jazigos, a Prefeitura promoverá a retirada dos vasos por conta própria e os inutilizará. Também estão proibidos os vasos e buquês de flores acondicionados em sacos plásticos – ou outros materiais – que impeçam o escoamento da água.
Armadilhas
O Programa de Controle da Dengue conta com 327 armadilhas espalhadas por São Bento do Sul, em diversos locais: 11 cemitérios da cidade, transportadoras, supermercados, borracharias, entre outros. Elas são verificadas semanalmente. Se, por ventura, forem encontradas larvas, elas são levadas ao laboratório próprio do setor para análise. Caso sejam larvas do mosquito Aedes aegypti, é feita a varredura em um raio de 300 metros a partir do ponto, conforme foi feito, no início do ano, nos arredores do cemitério central. Também há monitoramento quinzenal de áreas estratégicas, como os próprios cemitérios e áreas com materiais recicláveis, por exemplo, em busca dos focos do mosquito.
População não se conscientizou
Conforme o coordenador do Programa de Controle da Dengue em São Bento do Sul, Jerri Cristofolini, em setembro do ano passado foram entregues panfletos em cemitérios explicando à população a prática correta para prevenir novos casos. Segundo ele, uma parcela mínima da população aderiu à campanha de conscientização. “Não houve adesão”, lamenta.
O governo municipal disponibilizará funcionários na entrada do cemitério central, localizado no bairro Schramm, durante o horário de expediente, para maiores informações. Também haverá placas com fotos ou desenhos de modelos de vasos/floreiras permitidos em todos os cemitérios de São Bento do Sul.
Dengue
Os primeiros dois focos do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) de 2014 foram encontrados justamente no cemitério central, em janeiro. Logo após a primeira constatação, agentes comunitários de saúde foram ao local para virar os vasos espalhados sobre os 6,8 mil túmulos, pois os mesmos são potenciais abrigos para fêmeas do inseto se contiverem água parada. As paredes internas dos vasos acabam se transformando em abrigo propício para o mosquito depositar seus ovos, que eclodem ao entrar em contato com a água, gerando mosquitos adultos em sete dias, em média.
Maiores informações: Pelo telefone do Centro de Vigilância em Saúde, o 3635-2228.
