No dia 20 de fevereiro, A Gazeta fez um levantamento sobre a situação dos 68,9 quilômetros da SC-418, que inicia no viaduto de Pirabeiraba, em Joinville, e termina na ponte do distrito de Fragosos, em Campo Alegre. O comandante da Polícia Militar Rodoviária (PMVr), subtenente João Filhakoski, comentou na ocasião que um dos trechos mais perigosos da rodovia encontra-se em São Bento do Sul, no acesso à rua Francisco José Neumann, proximidades do Motel K2, sentido bairro Dona Francisca.
Pouco mais de um mês depois, no dia 28 de março, uma ocorrência de trânsito confirmou o que já havia sido alertado: uma Parati foi atingida lateralmente por uma carreta carregada com soja. Um dos ocupantes, um pedreiro, morreu na hora. Outro – também pedreiro – faleceu dois dias depois. Ambos estavam se deslocando ao trabalho, uma obra nas proximidades.
O presidente da câmara de São Bento do Sul, vereador César Godoy (DEM), na sessão de quinta-feira, lembrou que, em 2011, a então vereadora Adriane Ruzanowsky (PMDB) já havia solicitado melhorias no local ao Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra), uma instalação de um trevo no acesso. Godoy criticou a morosidade do governo estadual e, novamente, reivindicou a instalação do trevo. “É buraco, é morte, e o Deinfra não age”, criticou.
O empresário Rudinei Biazutti, o Rudi (foto acima), 36 anos, tem uma vidraçaria na esquina da rodovia estadual com a via municipal e diz que já cansou de presenciar acidentes no trecho, alguns fatais e outros com sequelas para as vítimas, caso do motociclista que perdeu um dos braços recentemente. “Que o governo se mexa para não perdermos mais vidas”, solicita.
O próprio empresário, quando chega para o trabalho, segue alguns metros e faz a conversão em outro ponto, com mais visibilidade e espaço, para não se expor aos riscos que o ponto apresenta. O perigo é maior ainda quando chove, pois muitas pedras da rua vão parar no asfalto.
