Na edição de segunda-feira (15) A Gazeta publicou alguns fatos sobre a situação do Grupo Belem, empreendimento que fechou suas três unidades em São Bento no mês passado e uma em Rio Negrinho, ainda em agosto.
Na ocasião, foram ouvidos o advogado da empresa, uma ex-colaboradora e o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicom). Com a repercussão da matéria, diversos ex-funcionários entraram em contato com o jornal, questionando as colocações da empresa e demonstrando a insatisfação com a falta de cumprimento com os acordos inicialmente realizados.
Nesta semana, um protesto reuniu alguns trabalhadores exigindo uma solução imediata por parte dos gestores. A manifestação ocorreu em frente à sede do supermercado em Mafra, onde os colaboradores que foram desligados de suas funções empunhavam cartazes com mensagens dizendo “Queremos nosso dinheiro e nossos acordos” e “Nós viemos atrás de nossos direitos”.
Conforme Julia Borges, uma das ex-funcionárias, a reivindicação abrange a falta do cumprimento do acordo extrajudicial.
”Eu era operadora de caixa lá na unidade do Boehmerwald e fui mandada embora no dia 21 de setembro. Então, segundo eles, eu teria o pagamento cheio, mas eles colocaram junto com a parte da rescisão e eu acabei ficando sem salário em outubro. Tivemos que correr atrás e dias depois eles propuseram no meu caso parcelar a rescisão em quatro parcelas e, na sequência, receber o valor da multa do Fundo de Garantia. Em novembro e dezembro foi pago, já em janeiro não recebi até agora. Tenho uma filha de 7 e um filho de 13 anos, pago aluguel, comida, água, luz, tenho dívidas para pagar e com o que eu estava recebendo do Belém, eu já me programava para pagar outros boletos. A gente trabalhou para isso e não está pedindo nada que não seja nosso. É só os nossos direitos”, relatou.
Reunião
Na terça-feira (16), o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicom) esteve reunido com os advogados do Belem, cobrando uma posição sobre as reclamações de falta de cumprimento com os acordos com ex-funcionários.
Conforme o sindicato, a empresa deixou claro que não está se omitindo das obrigações trabalhistas e que irá cumprir integralmente todos os pagamentos, informando que está fazendo um novo planejamento para pagamento dos ex-trabalhadores de São Bento do Sul e Rio Negrinho.
Quanto às reclamações que as lojas da rede continuam abertas em Rio Negro e Mafra, os representantes da empresa justificaram que há necessidade de manter os estoques de mercadorias e as lojas em funcionamento para que haja fluxo e recursos para cumprir os pagamentos de São Bento do Sul e Rio Negrinho.
Diante das explicações da empresa, o presidente do Sindicom, Pedro Amancio Machado, esclareceu as medidas que serão tomadas. “Vamos garantir todos os direitos dos trabalhadores via judicial. Estamos à disposição de todos os ex-empregados para esclarecer as dúvidas pertinentes”, disse. Quem necessitar de algum auxílio, o Sindicato fica na rua Wenzel Kahlhofer, 52 – Sala 4, no Centro de São Bento do Sul.
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