Uma nova fase da Operação Intraneus, que investiga o crime de peculato supostamente cometido por Dimas Kocan, ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Rio Negrinho, foi realizada na quarta-feira (13).
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à Segunda Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Negrinho, executou uma diligência para cumprir um mandado de busca e apreensão em Piên, no Paraná. Nesta operação, apreenderam um veículo SUV, avaliado em R$ 113 mil, e um celular.
Os bens, supostamente comprados com dinheiro desviado dos cofres públicos, teriam sido presentes para um pastor e sua filha. Kocan está preso preventivamente desde o início da Operação Intraneus, em 11 de outubro deste ano. No mês anterior, a Promotoria de Justiça solicitou a alienação antecipada de todos os bens apreendidos até então.
A promotora de Justiça, Juliana Degraf Mendes, explicou que diversos bens foram identificados e apreendidos, como veículos, maquinário industrial, artigos de luxo e um imóvel, todos adquiridos com o dinheiro público desviado.
Ela destacou que esses bens não devem permanecer parados até o final do processo, devido à perda de valor econômico e deterioração com o tempo. Por isso, o Ministério Público ajuizou a alienação antecipada, que envolve a venda em leilão dos bens apreendidos.
Os valores arrecadados serão depositados em uma conta judicial e, após a condenação do réu, serão devolvidos aos cofres municipais. Até agora, os bens apreendidos pela operação ultrapassam R$ 1,7 milhão. A assessoria da promotoria informou que ainda não há data definida para o leilão. Enquanto isso, os veículos apreendidos, incluindo o SUV e outros três carros já recuperados, estão no pátio da Prefeitura.
Relembrando o caso
Em outubro, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusou o servidor público de 30 supostos crimes de peculato, relacionados ao desvio de dinheiro público, e 25 possíveis crimes de falsidade ideológica, ocorridos entre setembro de 2022 e outubro de 2023.
A Promotoria de Justiça estima que os prejuízos aos cofres públicos ultrapassem R$ 3,3 milhões. Na ação, alega-se que o servidor se beneficiou por meio de transferências bancárias de contas da municipalidade para contas pessoais e para uma empresa, supostamente criada por ele.
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