A polêmica sobre uma possível cobrança indevida da empresa Rinevel – responsável pelo guinchamento de veículos em Rio Negrinho – esquentou os ânimos da Câmara de Vereadores, nesta semana. A proposição de um requerimento partiu de Cleomar Nicoleti (PMDB), mas teve o apoio dos demais vereadores que se manifestaram sobre o assunto. Segundo Nicoleti, o documento, direcionado à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, de Mafra, visa esclarecer a cobrança feita de um proprietário de veículo sendo que, conforme a denúncia, o transporte não foi feito por um guincho até o pátio.
“Um cidadão foi parado no bairro Vila Nova porque o caminhão dele teve problema e foi levado ao posto rodoviário e quando ele foi retirar o veículo teve que pagar a taxa do guincho de R$ 180,00 sendo que o próprio motorista conduziu o caminhão até lá”, argumentou o vereador. “Queremos saber se procede a cobrança e o porquê, se o guincho não foi utilizado”, emendou.
O vereador Mauro Dolla (PDT) também se manifestou sobre o serviço de guincho. Ele disse que já solicitou junto ao departamento jurídico do Legislativo que a questão seja levada ao Ministério Público. “Os cidadãos estão sendo assaltados. Hoje não tem blitze da Polícia Militar, mas daqui uns meses terá a renovação do contrato com a Rinevel e o povo será assaltado de novo por mais cinco anos”, desabafou. “Existem muitas cláusulas que penalizam o povo sendo que a responsabilidade que deveria ser da empresa é repassada ao município”, completou o vereador. “Hoje se um carro queimar no patio da empresa, a responsabilidade é do município e não da Rinevel”, exemplificou.
Arlindo André da Cruz (PSD), o Piska, acusou a empresa de não manter todos os veículos apreendidos dentro de galpões, uma das cláusulas, segundo ele, do contrato. “Os carros estão na rua e não em um galpão da empresa contratada o que desrespeita o contrato”, disparou.
O prefeito Alcides Grohskopf (PMDB), que acompanhou a sessão, admitiu a necessidade de uma discussão acerca do contrato antes da renovação por mais cinco anos. “Estamos atentos e vamos discutir em conjunto com os vereadores antes do término do contrato que será dia 28 de maio de 2014”, disse ele.