Na sessão da Câmara ocorrida na segunda-feira, os vereadores discutiram uma série de situações envolvendo as siglas partidárias, com temas anteriores à atual legislatura e alguns pertinentes aos atuais mandatários. No calor das discussões, as palavras evidenciaram ataque e defesa de siglas ou coligações que passaram ou estão no governo, gerando desconforto em algumas pessoas que acompanhavam a sessão.
Após as colocações e discussões acaloradas, a vereadora Suzana Kotovicz (PMN) usou a palavra livre para lamentar algumas questões que ainda estão sendo verificadas tanto nos executivos quanto nos legislativos. “Não posso deixar de expor a minha tristeza em ver que, num momento de avanço em que estamos, ainda vemos discursos partidários aqui no Legislativo. Vejo com tristeza o fato de estarmos levantando temas com denominação de situação e oposição. Não é para isso que fomos eleitos”, disse Suzana.
Segundo ela, existem muitas situações que carecem da intervenção dos vereadores, e é necessário ficar atento aos acontecimentos para não se deixar levar pelas influências partidárias, mas pelas atribuições que são pertinentes ao legislador, que é acompanhar de perto o trabalho do Executivo para poder fiscalizar, como prevê a legislação. “Começo a entender que o discurso de guardar bandeiras políticas após as eleições não passa de politicagem. Não passa de discurso. Somos legisladores e jamais deveríamos estar discutindo aqui no parlamento situação e oposição. O que precisamos é discutir leis, constituição, legalidade, moralidade e impessoalidade. Jamais deveríamos tratar dessas situações partidárias na Câmara. Deixo aqui a minha indignação com esses fatos”, seguiu a parlamentar.
Suzana ainda comentou que, independente do que algumas pessoas têm falado a respeito de seu posicionamento na Câmara, continua buscando as informações que precisa para esclarecer à comunidade alguns temas que são levantados em reuniões nos bairros. “Hoje mesmo (segunda-feira), estive na Prefeitura para conversar com o prefeito em exercício pedindo a ele uma solução para uma ponte no interior, a qual foi construída com dimensões estreitas demais. Precisamos nos focar em buscar soluções para os problemas da população; mesmo sabendo que não podemos executar, temos a obrigação de levar as informações sobre necessidades de reparo e melhorias diretamente aos departamentos competentes”, encerrou.