A polêmica envolvendo a inclusão da disciplina de Pensamento Computacional na grade da rede municipal de ensino acabou motivando alguns discursos na tribuna livre. O primeiro a comentar foi Jairson Sabino (PSDB), repercutindo a nota do Sindicato dos Servidores em defesa da professora que publicou carta em A Gazeta, criticando a forma como o processo vem sendo conduzido pela Secretaria de Educação.
Mas, na sequência, Darlan Guliani (PSD) usou a tribuna e utilizou todos os seus 11 minutos de fala para tratar do tema, em defesa da inclusão da disciplina, destacando que muito do que é reclamado hoje por parte de alguns professores é sem razão alguma. Conforme Darlan, nada está sendo imposto, pois houve apresentação e debate da proposta no Conselho Municipal de Educação, sendo aprovada.
Ele ainda destacou que a educação pública de São Bento do Sul é destaque e vem recebendo elogios e premiações a nível nacional, e hoje em dia não se permite mais que escolas vivam na era do quadro-negro e do giz de cera. Se nada mudasse ao longo dos tempos, disse ele, ainda estaríamos vivendo como índios com arco e flecha.
Darlan também disse que muito se critica por medo do novo, lembrando de outro episódio envolvendo a mudança para aulas digitalizadas, quando professores que não tinham habilidades com computador se colocaram em posição contrária à implementação. No entanto, não houve recuo, e os professores receberam a devida orientação quanto ao uso dos sistemas, e hoje segue tudo funcionando.
Quanto à redução da carga horária criticada por alguns professores, Darlan lembra que dentro da computação, ou do Pensamento Computacional, todas as disciplinas de uma forma ou outra acabam abarcadas, já que sistemas operam por meio de fórmulas matemáticas, cálculos estatísticos e tantas outras questões envolvendo as mais diferentes disciplinas da grade curricular.
Darlan também destacou que não existe ilegalidade alguma nas mudanças propostas pela Secretaria de Educação, pois, ainda com as alterações, todas as disciplinas estariam dentro do mínimo previsto pelo Ministério da Educação para compor a grade curricular das escolas municipais. Além disso, o prazo para implantação da disciplina é até 2026, e São Bento está se antecipando em um ano. “Ou preferem deixar tudo para a última hora”, disse.
O vereador ainda lembrou que, hoje em dia, empresas exigem conhecimento mínimo em informática e que no futuro isso será ainda mais intenso, exigindo, portanto, que as escolas passem a atuar de maneira a possibilitar que os estudantes tenham acesso à tecnologia. Ele lembrou que muitos dos alunos sequer têm acesso a computadores em suas casas, sendo a escola o local onde poderiam conhecer, aprender e se aprimorar para que, lá na frente, possam ter melhores oportunidades na hora de buscar uma profissão.
Favoráveis
A presidente Zuleica Voltolini (PP) também falou da questão. Ela, que é professora da rede municipal, acompanhou uma reunião entre um grupo de professores e o prefeito Antonio Tomazini (PL) nesta semana. Disse que todos os professores são favoráveis à nova disciplina, porém contrários à forma proposta. Inclusive foi apresentada uma sugestão à Prefeitura e, nos próximos dias, esperam por uma resposta, já que Tomazini se comprometeu a analisar o pedido. “Somos todos favoráveis, pois isso vai melhorar ainda mais o nível da educação da nossa cidade”, disse.
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