Dando sequência a campanha contra o estelionato digital, uma ação em parceria entre A Gazeta e Polícia Civil de São Bento do Sul, hoje vamos abordar sobre um tipo de golpe antigo e ainda comum na região: a venda de veículos por plataformas da internet. Neste tipo de crime, o golpista intermedia a venda de um carro, enganando tanto o vendedor como o comprador.
Conforme o escrivão Evaristo Abrahão, este tipo de estelionato é bem presente na cidade e região. “Tem essas várias plataformas que todos conhecem, como Web Motors, OLX, Mercado Livre, em que tem alguém anunciando o veículo para compra. Por exemplo, eu quero vender meu carro por R$ 50 mil, o comprador vai achar caro e vai querer pagar R$ 30 mil. O golpista copia meu anúncio, pega as fotos, e coloca o mesmo carro por R$ 30 mil, um preço mais baixo da plataforma”, explica.
Com o comprador interessado no veículo, o golpista inventa histórias diferentes para abordar quem está vendendo e quem deseja comprar o carro.
“Para o comprador ele fala, por exemplo, que seu primo Evaristo, de São Bento do Sul, é ex-funcionário e está devendo dinheiro, está se separando, por isso está vendendo barato. Para o vendedor ele fala que tem esse primo Evaristo, que é empresário e precisa um carro para a empresa dele, e não tem muito tempo de ficar conversando, por isso está fazendo essa ponte”, frisa o escrivão.
Então, o vendedor acredita que está negociando pelo preço desejado, ao mesmo tempo em que o comprador acredita que está adquirindo o produto por um bom preço. “Aí o golpista fica sempre mediando para não falar com a pessoa, mas sim com ele. Até que o comprador e o vendedor chegam a ir no cartório reconhecer firma, fazendo a transferência do veículo”, disse.
Vítimas do golpe
Com a parte documental certa, o comprador recebe um boleto do golpista para quitação do valor. “Os dados do boleto, para quem vê, estão corretos, o valor é aquele mesmo. Ele faz o pagamento mas não cai na conta do vendedor, cai na conta do golpista. Aí é tarde! Isso simplesmente porque comprador e vendedor não negociaram. As vezes só vão saber do valor negociado quando já caíram no golpe”, ressalta Evaristo. “É preciso conversar antes, não cair na história de se tratar do meu funcionário, do meu primo de São Bento do Sul. Sempre conversem um com o outro diretamente”, orientou.
Assista
O sexto vídeo da parceria entre Polícia Civil e A Gazeta foi disponibilizado no sábado (24), às 17 horas, nas páginas do Instagram e do Facebook de A Gazeta. Os outros vídeos já lançados seguem disponíveis nas plataformas para quem ainda não assistiu.
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