O descarte inadequado de medicamentos, ou embalagens, é uma dúvida da população e também uma preocupação das autoridades de saúde. Recentemente, a reportagem de A Gazeta flagrou embalagens de medicamentos descartadas irregularmente na Rua Henrique Schwarz, no Centro de São Bento do Sul. O episódio reforça a necessidade de conscientização sobre a destinação correta desses resíduos.
Para esclarecer o procedimento adequado, Luciana Machado, fiscal de Vigilância em Saúde do município, enfatiza a importância da educação contínua da população sobre o tema. De acordo com ela, ainda há muitas pessoas que descartam medicamentos vencidos ou não utilizados no lixo comum, o que representa riscos ambientais e à saúde pública. “Infelizmente, esse tipo de descarte ainda é frequente. Recebemos diversas denúncias e, por isso, reforçamos constantemente as orientações à população”, destaca.
A principal recomendação é que qualquer medicamento sem uso seja entregue em uma unidade de saúde. Sobras de medicamentos vencidos, frascos com resíduos líquidos, pós ou comprimidos, cartelas parcialmente utilizadas e embalagens com resquícios devem ser encaminhados para locais apropriados.
As cartelas vazias de comprimidos podem ser descartadas no lixo reciclável, enquanto frascos vazios devem ir para o lixo comum. No entanto, se ainda houver resíduos no frasco, ele deve ser levado a uma unidade de saúde para descarte correto.
Responsabilidades
Clínicas e consultórios médicos também precisam seguir o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS). Esses estabelecimentos são responsáveis pelo próprio lixo gerado e devem contratar empresas especializadas para realizar a coleta e destinação correta. “Muitas clínicas tentam encaminhar medicamentos próximos ao vencimento para os postos de saúde, mas essa não é a prática correta. Esses estabelecimentos têm a obrigação de realizar o descarte de forma independente”, reforça Luciana.
Pacientes que utilizam materiais perfurocortantes em casa, como agulhas para insulina ou lancetas para testes de glicemia, também devem adotar medidas específicas. Segundo a fiscal, esses itens precisam ser armazenados em garrafas PET ou em caixas amarelas fornecidas pelas unidades de saúde. Curativos usados e resíduos contaminados devem ser descartados em sacos específicos, também disponibilizados pelas unidades. Assim que os recipientes estiverem cheios, o paciente deve levá-los à unidade de saúde mais próxima.
Conforme a fiscal, o descarte inadequado de medicamentos pode contaminar o solo e a água, além de representar riscos à saúde pública. Para evitar esses impactos, é fundamental conscientizar a população sobre a importância do descarte correto. “A educação sobre esse tema precisa ser constante. Com atitudes simples e responsáveis, é possível garantir que os resíduos de saúde sejam destinados adequadamente, protegendo o meio ambiente e a segurança de todos”, conclui Luciana.
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