Terça-feira, 22 de abril de 2025

Três bombeiras contam as experiências e os desafios do trabalho em São Bento

Amanda, Flávia e Adriana contam como é ser bombeira

• Atualizado 19 dias atrás.

Com a missão de servir, proteger e salvar vidas, as bombeiras militares Amanda Miranda, Flávia Sell e Adriana Silveira, que atuam na 2ª Companhia do 9º Batalhão de Bombeiros Militar em São Bento do Sul, desempenham um papel fundamental na segurança e bem-estar da comunidade. Elas trabalham na linha de frente, atendendo às ocorrências emergenciais, seja de incêndios, acidentes ou na prevenção.

Entretanto, para ingressar nessa jornada e seguir esse caminho, alguns obstáculos precisam ser superados. Entre eles, é necessário possuir conhecimento na área, ser aprovado em concurso estadual, participar de treinamentos, realizar uma série de exames e, principalmente, ter preparo psicológico durante esse processo.

Além disso, a presença crescente de mulheres nas corporações não apenas quebra estereótipos de gênero, mas também inspira as crianças que sonham em seguir essa carreira, mostrando que todos podem desempenhar a atividade.

Amanda Miranda é uma dessas mulheres em atividade. “Estou há quatro anos na corporação e sempre achei a profissão bonita. A gente acaba conhecendo de longe, vendo os atendimentos pela televisão, e tenho alguns colegas que também entraram um pouco antes de mim, o que despertou ainda mais o meu interesse. Me formei na região de Florianópolis e, em seguida, vim para São Bento. Aqui estou aprendendo a lidar com as situações do meu trabalho”, conta.


Amanda está há quatro anos na corporação

Soldado Miranda também compartilhou momentos que mais a impactaram após entrar na guarnição. “Quando toca o alarme, a gente não sabe o que irá encontrar. Pode ser algo simples, como uma pessoa passando mal em casa, ou algo mais grave, como um acidente. Teve uma situação em que atendemos o atropelamento de uma criança de bicicleta, e momentos assim nos marcam bastante. Outro caso é quando encontramos idosos abandonados pela família, isso também me marca”, disse.

Quebrando barreiras
Flávia Sell, natural de São Bento, também compartilha sua história, explicando o que a motivou a seguir na profissão.

“Quando eu era criança, meu avô serviu o Exército, gostava de contar histórias, e eu sempre me encantei pela área militar. Tentei inicialmente fazer parte da Marinha, pois sempre gostei do mar, mas infelizmente descobri que não era possível. Então, me formei em Educação Física, trabalhei na área e, em seguida, surgiu o concurso de Bombeiro, que na época destinava apenas 6% das vagas às mulheres (atualmente é 10%). Fiz o concurso e passei em todas as etapas, tendo a chance de atuar na corporação de São Bento, onde já estou há quatro anos”, relata a bombeira.

O apoio ao trabalho também vem da família. Flávia é casada com o policial militar Richard Padilha, que atua na equipe de Força Tática do 23º Batalhão da PM. Segundo ela, os dois compartilham uma vida de responsabilidade com as rotinas de trabalho e se identificam com o serviço na proteção à comunidade.

“Ele tem a escala dele, eu tenho a minha. Às vezes acaba coincidindo, inclusive já aconteceu de atuarmos em uma ocorrência juntos, e foi bem legal. Eu me sinto completamente realizada. Venho trabalhar com gosto, sei que a gente vai encontrar sempre situações diferentes, mas faz parte do operacional”, concluiu.

Incentivo
A bombeira Adriana Silveira se sente realizada. Há três anos atua na guarnição de São Bento e destaca o comprometimento com o seu trabalho.

“Meu irmão também é bombeiro, e isso abriu um pouco os meus olhos. Hoje, se eu pudesse voltar no tempo, acho que teria sido bombeira muito antes. Eu dirijo o caminhão, a ambulância, realizamos os atendimentos, entre outras atividades do dia a dia para auxiliar no que for preciso, pois é necessário ter esse preparo completo”, comenta.

Para as mulheres que desejam seguir a carreira, Adriana deixa claro que é preciso persistência. “Não desistam, busquem e vão atrás. Já foi muito pior o cenário, principalmente no mundo militar. Ainda não é o ideal, mas já melhorou muito. Temos que ir atrás dos nossos sonhos, e se você quiser muito ser bombeira, acredite que irá conseguir, pois as portas estão mais abertas”, pontuou.


Adriana e Flávia fazem parte do Corpo de Bombeiros em São Bento do Sul

Como ingressar na carreira
Em Santa Catarina, o candidato deve ficar atento aos editais, inscrever-se e ser qualificado no concurso público para o Curso de Formação de Soldados (CFSd), em suas diversas etapas.

Entre os principais requisitos estão os previstos na Lei Complementar Nº 587, a exigência de curso superior de graduação em qualquer área de conhecimento reconhecido pelo MEC ou por órgão oficial com competência delegada; possuir altura superior a 1,65m (sexo masculino) e 1,60 (sexo feminino); não ter completado a idade máxima de 30 anos e ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).


  • YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.

Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕

Últimas notícias

pexels-cottonbro-10466266
Creativity Day 2
Real Madruga
Vaticand-news_D24am
WhatsApp Image 2024-08-29 at 16.49

Mais lidas

Morte moto site
WhatsApp Image 2025-04-17 at 09.54
EIVs supermercados - FOTO Elvis Lozeiko (1)
Morte moto site
Dom João 2

Notícias relacionadas