Nas rodadas de perguntas entre os candidatos a prefeito de São Bento do Sul, durante o debate na noite de terça-feita (1º) no auditório de A Gazeta, diferentes temas foram tratados. Todas as perguntas tiveram direito a réplica e tréplica. Na rodada final, o sorteio determinava quem faria a pergunta, e o candidato escolhia quem responderia, podendo o mesmo candidato responder mais de uma vez. E foi o que aconteceu. Todas as perguntas foram direcionadas ao prefeito e candidato à reeleição, Antonio Tomazini (PL).
Tomazini abriu a sessão de perguntas questionando a candidata Jaciara Machuga (PT) sobre a tabela do SUS, apontando que esta é controlada pelo governo federal, dificultando o atendimento nos municípios. Ele perguntou como Jaciara resolveria o problema, considerando que o governo federal é do partido dela. Em sua resposta, Jaciara afirmou que, como prefeita, buscaria diálogo em Brasília e ressaltou suas portas abertas com o governo federal, independentemente de alinhamento partidário. Ela também mencionou a importância de construir um hospital infantil na cidade para atender a demanda por pediatras, uma reclamação constante da população.
O segundo a formular uma pergunta foi o candidato Luiz Sieves (MDB), que questionou Tomazini sobre o financiamento das obras de pavimentação, perguntando se o prefeito e seu vice assinariam o “boleto de contribuição de melhoria”, uma promessa de campanha anterior. Tomazini desviou o foco para a saúde e justificou que o asfalto foi um pedido da população. Tomazini também criticou a gestão anterior na área da saúde, destacando um suposto déficit financeiro de R$ 1,2 milhão durante o mandato de Sieves como secretário de Finanças, além de citar problemas no “pronto socorro municipal”. Na tréplica, Tomazini confirmou que a contribuição será cobrada, por ser uma exigência prevista em lei.
Jaciara também questionou Tomazini, desta vez sobre a situação da Vila Schwarz, que sofre com enchentes recorrentes. Ela acusou gestões anteriores de devolverem um recurso de R$ 5 milhões, que deveria ter sido utilizado para solucionar o problema. Em resposta, Tomazini alegou que a irregularidade dos loteamentos da região, resultado de gestões anteriores, foi a causa principal da situação, e mencionou que sua administração contratou estudos para regularizar a área.
No fim do debate, a candidata Rosemari Cândido (Progressistas) questionou Tomazini sobre as filas para exames e consultas, que teriam aumentado significativamente em seu mandato. Segundo Rosemari, o prefeito recebeu a gestão com menos de 100 pessoas na fila, mas agora haveria mais de 25 mil. Tomazini, em sua resposta, justificou que sua gestão adotou medidas de livre demanda nos postos de saúde e ampliou o número de médicos. Ele também afirmou que o debate era um “complô” contra sua candidatura. “Eu não gostei de ser chamado agora aqui, porque está um complô contra o prefeito. Infelizmente, existe um acordo e esse complô está sendo feito e por sinal tá legal, porque vocês estão me dando palanque. Isso eu agradeço muito, obrigado.”
O debate continua disponível no YouTube de A Gazeta, que pode ser assistido clicando neste link.
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