Para quem depende do transporte coletivo, os últimos dias têm sido de transtornos após a mudança na grade de linhas e horários de ônibus. Em vez de o ato ser benéfico, a situação teve o efeito contrário, com muitos usuários que, antes acostumados com os horários, agora precisam se adaptar às mudanças. A Gazeta recebeu várias reclamações de moradores de todos os cantos do município. Muitos afirmam que o ideal seria manter os horários antigos e acrescentar os novos.
Para reunir todas as dúvidas, o jornal A Gazeta fez uma publicação no Instagram, por meio da qual os passageiros puderam expor suas opiniões sobre o assunto. Ao todo, foram mais de 60 comentários, muitos deles com reclamações. Alguns questionamentos foram compilados e encaminhados para a Coletivos Rainha.
Tira-dúvidas
1 – Por que houve as mudanças nos horários?
A nova licitação trouxe um aumento expressivo no número diário de viagens e terão ainda mais no futuro. Para organizar a logística destes novos horários a consultoria que planejou o novo sistema revisou do zero todas as linhas para permitir o maior aproveitamento do sistema e redução de custos ao passageiro.
2 – Há a possibilidade de voltar os horários de antes. Ou manter os horários de antes e acrescentar os novos horários?
Não seria viável, pois o modelo anterior era muito improdutivo e seria muito mais caro para os passageiros. Ainda ocorrerá em por algum tempo nos horários noturnos, mas com a bilhetagem acabará. No modelo antigo, por exemplo, era comum ver três a quatro ônibus um atrás do outro pela Rua Antonio Kaesemodel, sendo que poderia ser apenas um levando as pessoas e os demais ônibus poderiam estar fazendo outras viagens atendendo mais pessoas. Este modelo novo é o método mais utilizado no Brasil e no mundo para planejar linhas de ônibus.
3 – Como foi formada a nova grade de horários?
A consultoria que desenvolveu o projeto baseou-se em alguns princípios. O principal deles é chamado de modelo arterial, onde as linhas dos bairros trazem as pessoas até os terminais e as linhas troncais interligam os terminais. Como as artérias do corpo humano. Um segundo princípio foi sempre que operacionalmente possível ter linhas entre terminais de 20 em 20 minutos e de 30 em 30 minutos para os bairros que era uma demanda muito frequente. Assim quem pega um ônibus no seu bairro, ao chegar no terminal, vai esperar alguns poucos minutos até o próximo carro sair. Outros princípios fizeram parte da análise como o as ligações interbairros para evitar que fosse necessário passar pelo centro.
4 – Os itinerários foram definidos levando em conta horários das escolas, comércios e indústrias?
Hoje 61% dos passageiros são da indústria, 20% das escolas, 11% idosos e demais gratuidades e 8% comércio, o atendimento a estes grupos foi o principal fator de análise, pois, afinal o transporte é para atender as pessoas.
5 – Os itinerários foram pensados para se complementar? Recebemos muitas dúvidas dizendo que horários não estão batendo, ou seja, quem depende de dois ou três horários para chegar no trabalho, acaba saindo prejudicado.
Os itinerários todos se complementam e com a integração temporal no futuro será ainda mais frequente, porém, complementar significa que ao pegar um trecho e desembarcar em um terminal em poucos minutos terá um carro saindo na direção de interesse do passageiro. O trânsito e a forma como a cidade se divide torna quase impossível ou inviável financeiramente um sistema que se conecte diretamente sem intervalos. Tanto que que em aeroportos, estações de trem e demais terminais de ônibus do país utilizam o mesmo sistema que foi implantado em São Bento.
6 – Por que não tem transporte gratuito no domingo em todas as linhas? Segundo leitores, na Urca, por exemplo, não tem nenhum horário disponível.
O projeto que disponibilizou horários gratuitos aos domingos tinha como premissa atender as linhas com histórico de mais movimento nos domingos antes da gratuidade. Alterações e mais linhas poderão ser estudadas no futuro.
7 – Quem tem uma reclamação perante o horário ou itinerário, como deve proceder?
Os canais de comunicação da empresa estão à disposição e todas as contribuições serão estudadas e terão sua viabilidade analisada. A nova licitação prevê uma comissão de análise e estudos composta pela empresa e a prefeitura e as análises serão publicadas para o conhecimento de todos. O custo de um horário que leva poucas pessoas acaba sendo cobrado de outros passageiros deixando o sistema mais caro para todos e esta decisão precisa ser muito bem estudada.
8 – Como é feita a fiscalização do cumprimento dos horários estabelecidos? Segundo leitores, muitos horários não são cumpridos, dando como exemplo na Rua Mathias Nossol, onde antes passava em 30 minutos, e agora demora uma hora.
A prefeitura de São Bento do Sul tem equipe de fiscais na rua e tem acesso aos registros de GPS de movimentação da frota podendo comparar o programado com o realizado. Os ônibus estão sujeitos ao trânsito como os demais veículos e se um horário ficar preso, gerará consequências em diversos outros.
9 – Por que a linha Moreira, em Serra Alta, não tem horário fixo?
Todas as linhas têm um horário programado e que podem ser consultados e acompanhados em tempo real nas áreas de cobertura 3G pelo aplicativo Smart Mob. Situações no trânsito normalmente geram impactos que dependendo da situação comprometem a programação.
10 – Por que os horários não coincidem, na prática, com os informados no aplicativo?
Todos os horários devem coincidir com os informados no aplicativo e no site. O que temos percebido em diversos contatos de clientes é que versões antigas precisaram ser atualizadas para mostrar todos os horários corretamente, inclusive, com monitoramento em tempo real pelo GPS do ônibus. As versões mais atuais são posteriores a 5.5.
11 – Como os moradores podem conferir os horários disponíveis e tirar dúvidas?
Todos os horários, mapas com itinerários e localização dos pontos de parada podem ser visualizados em www.coletivosrainha.com.br, Aplicativo Smart Mob (Android e IOS), Google Maps, consultados por telefone ou WhatsApp 0800-800-0042, WhatsApp 800-800-0042 e e-mail sap.siu@coletivosrainha.com.br. Importante destacar que o e-mail e os telefones de contato foram concentrados em um único sistema gerando protocolos de controle e acompanhamento para maior segurança de todos.
12 – Quando será inserida a bilhetagem eletrônica?
O prazo final previsto no edital é 20 de agosto de 2025, ou seja, 180 dias após a ordem de serviço, mas a Coletivos Rainha trabalha para implementar o quanto antes.
Se houver mais dúvidas, encaminhe-as para o jornal A Gazeta, e entraremos em contato novamente com a Coletivos Rainha.
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