Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de 2024, publicado pela Fiesc, dá a exata dimensão do tamanho do problema que será causado pela tsunami tarifária anunciada pelo presidente Donald Trump. Os 50% a mais de cobrança em taxas nos produtos importados pelos americanos do Brasil representarão perdas superiores a R$ 19 bilhões para os estados brasileiros.
Para Santa Catarina, é estimado prejuízo financeiro de R$ 1,7 bi (quarto maior do país, atrás de SP, RS e PR) e a segunda com maior queda prevista no PIB: – 0,31%. A comitiva de senadores retorna nesta quinta (31) ao Brasil sem conseguir falar com alguma autoridade relevante do governo americano e sem obter sucesso. O pedido deixado na mesa pelo senador catarinense Esperidião Amin, o de postergação de prazo, ficou no vazio. Trump assinou nesta quarta-feira (30) o decreto determinando a cobrança excessiva.
Argumentos
A decisão de Trump foi baseada em Lei de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA) e foi motivada, segundo ele, por práticas que prejudicam empresas americanas. A Casa Branca cita os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando como “graves violações de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
Saídas
O tarifaço deve ser pauta prioritária da Alesc após o recesso. O governador Jorginho Mello já chegou a falar em projeto de lei com incentivos fiscais aos afetados pelo problema. Na esfera federal, o deputado Valdir Cobalchini (MDB) encaminhou ao vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, pedindo chamado de “SOS para a indústria catarinense”.
Pesquisa
Lançada na segunda-feira, a pesquisa realizada pela Fiesc sobre os impactos da tarifa de 50% imposta pelos EUA terá seu resultado divulgado nesta quinta-feira à tarde. O objetivo do levantamento é municiar governos estadual e federal com informações para a formulação de políticas públicas. SC exportou US$ 1,74 bilhão para o mercado norte-americano em 2024.
Prisional
A Secretaria do Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) divulgou dados revelando o perfil médio do apenado do sistema prisional catarinense como sendo homem, branco, solteiro, de 21 a 30 anos de idade, católico, com ensino fundamental incompleto, e que acabou por se envolver, com tráfico de drogas, roubo, furto ou homicídio e foi parar atrás das grades.
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