Com 62% da produção exportada tendo os Estados Unidos como destino, empresas de São Bento do Sul podem ser fortemente afetadas pela taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo governo norte-americano.
Principal exportadora de móveis do Brasil desde 2015, a cidade vive um momento de preocupação. Caso a tarifa seja mantida a partir de 1º de agosto, a comercialização com o principal cliente das indústrias locais se tornará inviável. “Se mantidas essas taxas, a partir de 1º de agosto teremos um problema muito sério”, alerta Arnaldo Huebl, vice-presidente regional Planalto Norte da Fiesc.
Empresários da região participaram de uma reunião na segunda-feira (28) no Sindusmobil, onde discutiram os impactos da medida. Para o presidente da entidade, Luiz Carlos Pimentel, já há reflexos concretos: empresas concederam férias coletivas, contratos foram suspensos ou cancelados, e embarques deixaram de ser feitos. “Os estragos já estão aí, e agora é hora de vermos como amenizar o problema”, afirmou.
O problema não afeta apenas quem exporta. Segundo o Sindusmobil, São Bento do Sul possui 398 empresas moveleiras, que empregam cerca de 7 mil pessoas. Muitas dependem diretamente das exportações, e outras orbitam ao redor das exportadoras, como transportadoras e fornecedoras de insumos. Se as exportações forem comprometidas, o impacto será em cadeia.
Outros detalhes e projeções sobre o impacto da taxação estão no jornal impresso desta terça-feira (29).
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414 . Custa menos que um cafezinho por dia! ☕