Sociedade Brasileira de Pediatria alerta sobre engasgos em crianças e ensina primeiros socorros

Novo documento da SBP detalha condutas para engasgos por líquidos e sólidos, alerta para erros comuns e reforça medidas de prevenção

• Atualizado 13 dias atrás.

Crianças menores de 1 ano, a desobstrução envolve cinco pancadas nas costas, crianças maiores devem ser atendidas com a Manobra de Heimlich (Foto: Reprodução / Picasa)

Cerca de 2 mil crianças morreram por engasgos no Brasil entre 2009 e 2019, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mais da metade desses acidentes ocorreu em menores de 4 anos, e quase 95% antes dos 7 anos. Socorrer uma criança engasgada é um dos momentos mais tensos para pais e cuidadores, pois a reação instintiva nem sempre é a mais adequada.

Pensando nisso, a SBP publicou recentemente um Guia Prático com orientações didáticas sobre como agir em cada situação. O documento diferencia engasgos por líquidos, como leite, sucos ou saliva; e sólidos ou semissólidos, como alimentos e pequenos objetos.

“Engasgo é uma das principais causas de morte acidental na infância. Esse guia representa um marco na prevenção de acidentes porque reúne orientações nacionais padronizadas sobre como agir nesses casos”, afirma a pediatra Quíssila Neiva Batista, do Einstein Hospital Israelita em Goiânia.

Diferentes tipos de engasgos
O engasgo por líquidos costuma ocorrer em bebês, devido ao desenvolvimento da deglutição. Nesse caso, geralmente não há obstrução completa e a criança deve ser posicionada sentada ou semissentada. “Percebemos que muitas pessoas tentavam aplicar manobras de desobstrução em situações de engasgo por líquidos, o que pode ser prejudicial”, alerta a pediatra Valéria Bezerra, coordenadora do Curso de Suporte Básico de Vida da SBP.

Se a tosse ou o vômito resolver o episódio, não é necessário intervir. Mas qualquer dificuldade respiratória persistente deve levar a criança a um serviço de emergência.

Nos casos de engasgo por sólidos, a prioridade é identificar se a obstrução é completa. Entre os alimentos mais perigosos estão uvas inteiras, salsicha, castanhas, pedaços grandes de carne, pipoca e balas duras. Balões de látex lideram como causa de morte não alimentar em menores de 6 anos.

Sinais de alerta incluem incapacidade de falar ou tossir, respiração ruidosa, palidez ou gestos de levar as mãos ao pescoço. Para crianças menores de 1 ano, a desobstrução envolve cinco pancadas nas costas alternadas com cinco compressões torácicas. Crianças maiores devem ser atendidas com a Manobra de Heimlich até que a respiração seja retomada.

Prevenção
Supervisionar a alimentação é essencial. Alimentos sólidos devem ser oferecidos apenas a partir dos 6 meses, em pedaços muito pequenos. Outros cuidados incluem educar a criança a mastigar devagar, não falar enquanto come e evitar objetos pequenos ou brinquedos que possam ser engolidos.

“Conhecer as condutas corretas e agir rapidamente salva vidas. Varreduras cegas na boca ou demora em acionar o SAMU podem agravar o quadro”, reforça a pediatra Ana Carolina Viegas, especialista em Medicina Intensiva Pediátrica.

Com informações da Agência Einstein

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