Sinos da Matriz do Centro vão tocar 80 vezes nesta semana; entenda o motivo

Ato ocorre como forma de homenagear os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial

• Atualizado 1 meses atrás.

Homenagem será ao meio-dia desta quinta-feira (8), na igreja matriz do Centro (Foto: Arquivo / A Gazeta)

Os sinos da Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria, no centro da cidade, tocarão 80 vezes ao meio-dia desta quinta-feira (8). O ato será alusivo aos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, que vitimou centenas de milhares de pessoas, inclusive moradores da região. No dia 7 de maio de 1945, após mais de cinco anos de batalhas, o comando alemão assinava a ata militar de rendição e um cessar-fogo, que entraria em vigor no dia seguinte.

O ato desta semana, em São Bento do Sul, foi proposto pelo professor Carlos Campestrini, um entusiasta e pesquisador de guerras. “Um dia fui questionado sobre os motivos de estudar e registrar a história da Segunda Guerra com a alegação de que a guerra foi lá na Europa, bem longe, quase uma afirmação de que é um assunto que não nos interessa. Além da proibição do idioma alemão e do confisco de literaturas da Sociedade Literária, nossa cidade teve outros momentos marcados pelo conflito”, cita.

Conforme ele, à época havia uma série de preocupações com a possibilidade de ataques aéreos. “O Serviço de Defesa Passiva Antiaérea da cidade fez exercícios de escurecimento noturno. Jornais, e um panfleto distribuído, anunciaram a data do exercício, que teria início com toques de sirenes, e o fim seria marcado pelo toque dos sinos em repiques festivos”, cita Campestrini. “Tivemos vários filhos da cidade envolvidos diretamente no esforço de guerra com a Força Expedicionária Brasileira e na Marinha”, completa.

Os veteranos de São Bento, conforme o pesquisador, relataram que, com o fim da guerra, houve muita festa, alegria e até disparos para o alto em comemoração. “Quando recebemos a notícia do fim da guerra, foi mais perigoso que na frente de combate”, relembrou a Campestrini o veterano Joaquim Moura. “Venício Carlini já estava regressando de avião devido a um ferimento no olho e recordou que, quando o avião pousou na África, aquilo estava o maior barulho de estouros, feito artilharia. As igrejas, que ainda estavam em pé, celebraram o fim da guerra com toques de sinos”, narra ele.

Em solo brasileiro, foi realizada uma missa de ação de graças pelo fim da guerra em maio e outra em agosto, pelo retorno dos expedicionários. “Hoje, 80 anos depois, dia 8 de maio, São Bento do Sul vai ouvir ao meio-dia 80 badaladas em memória do fim da guerra e em honra de todos os personagens que fizeram parte da história, em solo pátrio e na Europa”, ressalta Carlos.

No jornal impresso desta terça-feira (6), você acompanha mais detalhes sobre a Segunda Guerra Mundial.


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