Um levantamento feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que a cobertura vacinal contra poliomielite está abaixo de 50% no estado. Na última campanha, o percentual de imunizações em crianças de um a quatro anos foi de 43,43%, ou seja, muito inferior aos 95% preconizados pelos órgãos de saúde.
Em São Bento do Sul, o cenário ainda é bem mais otimista se comparar com o panorama estadual. De acordo com a Secretaria de Saúde, pelo sistema federal, o município já vacinou 464 crianças contra a poliomielite. Esse dado representa uma cobertura de 91%, demonstrando um esforço em alcançar as metas de imunização.
Mesmo assim, sobre a baixa adesão, o secretário da pasta, Marcelo Marques, acredita que há um desconhecimento dessa atual geração de mães e pais sobre a poliomielite, que está extinta no Brasil há 30 anos. Além disso, circulam “fake news” alegando que esta e outras doenças não irão retornar. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda registra casos em várias partes do mundo, o que reforça a importância da vacinação contínua para prevenir surtos.
Para informar e conscientizar a população, o poder público tem feito um trabalho de orientação nas escolas e unidades de saúde. “Mas está sendo uma luta bem complicada porque apareceu uma corrente antivacina e agora temos que lidar com isso”, comenta.
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