As recentes enchentes no Rio Grande do Sul também trouxeram à tona o espírito de solidariedade. Entre os muitos que se mobilizaram para ajudar as vítimas, o são-bentense Marcelo Rosa foi um dos voluntários que viajou quase 700 km com destino a Canoas (RS), uma das cidades mais afetadas, com o objetivo de auxiliar as pessoas com a destinação dos donativos, resgatar e cuidar dos animais impactados pela tragédia.
A decisão de partir, conforme Marcelo, foi um momento de reflexão, onde ele teve de deixar o seu trabalho como fisioterapeuta e sua rotina diária para seguir rumo ao apoio solidário.
“Trabalhei muito tempo com emergência, por ser bombeiro comunitário, e tenho conhecimento na área de resgate. Em determinado momento eu senti que Deus estava falando comigo que era lá que eu precisava estar, então conversei com um menino que trabalha comigo, e com os meus pacientes que prontamente entenderam a situação e se dispuseram a remanejar horários, para que eu pudesse ir nesses dias atuar no Rio Grande. Coincidentemente vi a ação da veterinária Ketlyn Eckel, que estava se mobilizando para ir também e então nos organizamos, coletamos as doações e seguimos até lá com outros voluntários”, conta.
Marcelo descreveu a situação como “devastadora”. Ele relatou também que a maioria das pessoas já tinha sido resgatada. No entanto, muitas famílias permaneceram em suas casas no segundo ou terceiro andar por questões de segurança e para proteger seus lares de saques. “Nesses casos, estávamos indo com os barcos até esses locais levando alimento e água principalmente para essas pessoas. Junto com isso já fazíamos o resgate principalmente de animais, onde pegamos um cachorro, visivelmente com raiva, espumando muito. Foram situações diversas assim” desabafa.
Apesar dos desafios, o são-bentense destacou a importância de continuar sensibilizando outras regiões para que a ajuda não pare. “Às vezes o pessoal pensa que parou a chuva, a água está baixando e está tudo certo. Na realidade não, agora que começa de fato a ver o que é triste, aparecendo a destruição. Então agora começa o processo de reconstrução que, pelo que a gente viu lá, é coisa de anos”, menciona.
Através do portal SOS Rio Grande do Sul (sosenchentes.rs.gov.br) é possível saber como destinar doações, seja por Pix ou donativos em geral. Além disso, no mesmo site, há possibilidade de verificar as regiões que mais necessitam de voluntários. Desde o início da tragédia, já foram 464 municípios atingidos, com mais de 160 óbitos confirmados, 581 mil pessoas desalojadas e 85 ainda desaparecidas.
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