A pacata cidade gaúcha de Forquetinha, com pouco mais de dois mil habitantes, viveu momentos de tensão no início deste ano. Em maio, um temporal atingiu e alagou grande parte do estado do Rio Grande do Sul, inclusive Forquetinha, que teve cerca de 90% do seu território afetado. Mas a ajuda estava a caminho. Os dias que sucederam a tragédia foram marcados por muita superação e pela ajuda de voluntários, como servidores de São Bento do Sul.
Logo após a catástrofe, que destruiu ruas, alagou prédios e deixou centenas desabrigados, o prefeito forquetinhense, Paulo Grunewald, procurou o prefeito Antonio Tomazini para pedir ajuda. Foram realizadas diversas reuniões para definir o que podia ser feito, até que, no dia 16 de maio, a prefeitura são-bentense oficializou a adoção de Forquetinha e iniciou os preparativos para auxiliar a cidade amiga.
Resiliência
Seis meses após a ajuda de São Bento do Sul, o prefeito Paulo Grunewald destaca que o esforço conjunto para recuperar a cidade após a enchente histórica foi primordial para restabelecer a ordem. “Com determinação e união, foi possível reconstruir importantes estruturas, como asfaltos, pontes, pinguelas, escolas e estradas, devolvendo segurança e qualidade de vida à população”, comenta.
Para ele, os acontecimentos de maio foram os maiores desafios já enfrentados pelo povo forquetinhense. “Enfrentamos um dos maiores desafios de nossa história, mas a força do nosso povo e a ajuda recebida fizeram a diferença. Quero expressar minha profunda gratidão ao município de São Bento do Sul, que foi um parceiro essencial nesse processo. A solidariedade e o apoio recebido mostraram que, juntos, somos capazes de superar qualquer adversidade”, afirma Grunewald.
O prefeito gaúcho cita ainda que, aos poucos, a cidade vai se recuperando do fatídico período. “Seguimos trabalhando intensamente para garantir que Forquetinha volte a ser uma cidade ainda mais forte e preparada para o futuro. Cada passo na reconstrução é um símbolo da nossa resiliência e do amor que temos por esta terra”, conclui.
Cidades irmãs
O prefeito Antonio Tomazini, quando procurado pelo prefeito gaúcho, disse não pensar duas vezes em ajudar a cidade forquetinhense. “Sentimos que teríamos que viabilizar uma forma de colaborar com a reconstrução do estado. Como somos uma cidade de porte médio, tivemos que ter a ciência do que era possível fazer, sem desassistir também a nossa gente aqui. Com isso, nossa primeira ação foi verificar quais cidades estavam sofrendo mais e com as quais conseguiríamos colaborar. Foi aí que encontramos Forquetinha, que, além de tudo, tem essa raiz germânica em sua história, assim como nós”, explica.
Além da força braçal, muitos donativos saíram de São Bento do Sul em direção a Forquetinha. Clubes de serviço, entidades, empresários e a própria comunidade se engajaram em campanhas de arrecadação de valores e também de itens de mobiliário, como camas, colchões, fogões, geladeiras etc.
O auxílio, segundo Tomazini, só foi possível graças ao sentimento de solidariedade do povo são-bentense. “Enfim, temos a grata satisfação de hoje podermos chamá-los de irmãos por termos compartilhado tudo isso, e esperamos que tenhamos feito a diferença em suas vidas. Foi um momento que esperamos que eles não precisem mais passar, mas que sempre estaremos dispostos a ajudar, se necessário”, completa o prefeito são-bentense.
A matéria completa você acompanha no jornal impresso desta quarta-feira (27).
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕
