As chuvas que atingiram Rio Negrinho em 2014 causaram muitos prejuízos à população. No bairro Vila Nova, parte da Rua Luís Scholz Filho desabou e algumas casas tiveram que ser interditadas pela Defesa Civil. Dois anos depois, o trecho ainda continua causando transtornos e riscos aos moradores da região.
A área sequer foi isolada para garantir a segurança da comunidade. Segundo o pedreiro Dinei da Silva, que mora há 8 anos no local, somente de um lado da via foram colocados três tubos de concreto. O outro lado e em frente ao buraco ainda continuam desprotegidos. “Muitos carros tentam passar por aqui e as crianças continuam brincando dentro da cratera. Por sorte, nunca aconteceu nenhum acidente”, comenta.
Dinei conta que, na época, alguns residentes tiveram que deixar as suas casas, pois os imóveis estavam comprometidos. “Uma casa chegou até a ser desmanchada”, revela.
O problema também tem interferido no cotidiano dos moradores, principalmente daqueles que residem em frente à cratera. “As pessoas não conseguem entrar com o carro dentro das suas garagens. Por conta da situação, são obrigados a deixar na rua”, conta. Conforme o pedreiro, há alguns dias uma moradora precisou ser atendida por uma ambulância. Para conseguir a assistência, porém, ela teve que se arrastar até metade da via para chegar no veículo.
Falta recurso
O coordenador da Defesa Civil rio-negrinhense, Daniel Domingues, explica que, desde que a cratera se abriu, a Prefeitura investiu no trabalho de um geólogo da Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc) para fazer o cálculo de estabilidade do local. Segundo relatos do profissional, o local está estável, mesmo assim a rua vai ficar bloqueada para a passagem de veículos.
Daniel também garante que o órgão está fazendo o monitoramento constante da região, principalmente em épocas de chuva. O próximo passo, de acordo com o coordenador, é fazer a cotação do projeto de recuperação do local. “Primeiro precisamos ter o projeto em mãos, que deve custar em torno de R$ 40 mil, para depois licitar a obra”, explica, ressaltando o alto custo para o reparo e a busca por recursos estaduais e federais.
Desde 2014, duas casas já foram interditadas na Rua Romedio Pilatti, paralela à Rua Luís Scholz Filho. Além disso, uma residência foi demolida porque estava em área de risco.