Reajuste, lanche e contratação em meio período: veja a proposta feita pelo Siticom em Rio Negrinho

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Moveleira e da Construção (Siticom) de Rio Negrinho definiu a pauta de reivindicações para a categoria e entregou, esta semana, o documento com os pedidos ao sindicato patronal. O pedido de reajuste apresentado pelo sindicato laboral é de 7,5%, levando em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses, acrescido de um ganho real de 1,5% para os trabalhadores.

A expectativa, de acordo com o presidente Luiz Carlos Schukosky, é que a definição aconteça até meados de maio, mês-base do reajuste para os trabalhadores da categoria. Ele explica que a proposta de reajuste apresentada pelo sindicato laboral sugere que auxiliares passem a receber R$ 1.885,40 por mês ou R$ 8,57 por hora. Para as funções de operador de produção, o piso sugerido é de R$ 2.129,60 por mês ou R$ 9,68 por hora – atualmente, o piso-base está em R$ 1.729,20 para auxiliares e R$ 1.953,60 para operadores. A mesma proposta de reajuste se aplica aos trabalhadores da construção. O documento apresentado pelo sindicato dos trabalhadores contém, ao todo, 35 cláusulas.

O sindicato patronal já se reuniu em assembleia para apreciar, discutir e deliberar sobre a proposta da Convenção Coletiva de Trabalho. Na reunião, também aconteceu a formação da Comissão Patronal para negociação da convenção, segundo o presidente do sindicato patronal, Enrico Fagundes.

Incentivos
Schukosky destaca a inclusão de algumas cláusulas que pretendem incentivar os trabalhadores, tendo em vista a escassez de mão de obra enfrentada pelas empresas da região. O assunto, inclusive, foi tema de um encontro entre os sindicatos de trabalhadores e sindicatos patronais, realizado na Câmara de Vereadores de São Bento do Sul, no final de março. O evento, encabeçado pelo Fórum Sindical de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, presidido por Luiz, reuniu representantes dos trabalhadores dos setores do comércio, indústrias e serviço público.

O presidente do Siticom sugere, em uma das cláusulas da pauta de reivindicações, que as empresas ofereçam aos seus empregados um lanche matinal no início da jornada ou no meio da jornada matinal, se houver previsão no Acordo Coletivo de Horário de Trabalho. O documento também sugere que os empregadores forneçam equipamentos de segurança aos empregados desde o início do contrato de trabalho. “Muitos empregados fazem entrevistas e não comparecem para trabalhar por não possuírem calçado fechado”, aponta Schukosky.

Outra cláusula sugere que as empresas possam contratar empregados para meio período, com salários proporcionais, considerando a falta de mão de obra disponível, já que muitos colaboradores têm disponibilidade apenas em meio período devido ao horário de escola e creche dos filhos.