Professores estaduais da região voltaram a participar de novo ato realizado em Florianópolis na tarde de quarta-feira (08). Os profissionais, que estão em greve desde o dia 23 de abril, cobram do governo estadual melhorias como a realização de um novo concurso público, o pagamento das horas-atividades para segundos professores e professores da educação infantil, a descompactação da tabela, entre outros. Na quarta-feira (08), os grevistas se reuniram com representantes do governo e decidiram suspender a greve pelo período de 60 dias.
O ato dessa quarta-feira ocorreu na Praça Tancredo Neves, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do estado (Alesc). Após algumas horas de ato, o governo chamou representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) para dialogar. “Foi aprovada a suspensão da greve por 60 dias e agora acontecem as negociações com o governo. No dia 29 haverá uma nova mesa de negociações”, frisa Daniel Macanudo, do comando de greve da regional do Sinte, em Mafra.
Na terça (07), o governo havia apresentado uma proposta aos professores, que não foi bem aceita pelos grevistas. Na proposta estão soluções como a antecipação do vale-alimentação para R$ 25 por dia (hoje é de R$ 18); aplicação de 1/3 da hora-atividade a partir de 2025; lançamento de edital do maior concurso público da história da Educação em junho deste ano.
Sem demissões
Em despacho divulgado na noite de terça-feira (07), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) proibiu o governo estadual de demitir professores temporários em greve e descontar os dias parados. Na decisão, o juiz Alexandre Morais da Rosa cita que a proibição ocorre enquanto não houver uma análise sobre a legalidade da greve.
Desde o início da greve, 26 profissionais foram demitidos pelo governo estadual, que deve rever a situação e readmitir esses professores.
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