Professores de São Bento do Sul e região que atuam na rede estadual de ensino, devem fazer novo ato contra o governo estadual na tarde desta sexta-feira (03). Os manifestantes estarão na praça Jardim dos Imigrantes, a partir das 13h30. Dentre as principais reivindicações da classe estão a realização de um novo concurso público, a descompactação da folha e a desoneração dos 14% dos aposentados.
Profissionais que aderiram ao movimento estarão das 13h30 às 16h30 no local, com faixas indicando as principais cobranças. Os atos tem por finalidade informar e conscientizar a população sobre a valorização dos professores. Durante o ato, os manifestantes estarão arrecadando alimentos não perecíveis, que serão enviados às vítimas das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.
O ato dessa sexta-feira (03) acontece não somente em São Bento do Sul, mas praticamente em todas as cidades do estado. Na última terça-feira (30), mais de 10 mil professores estiveram na manifestação em frente ao Centro Administrativo de Santa Catarina, em Florianópolis, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino (Sinte).
Naquela ocasião, o governo do estado, através da Secretaria de Administração, chamou representantes do Sinte para negociar a volta dos professores às salas de aula. Porém, segundo os grevistas, nada de concreto foi apresentado, seguindo então com a greve.
Clima tenso
No domingo, em vídeo publicado nas redes sociais, o governador Jorginho Mello (PL) ameaçou descontar salários dos professores que aderiram à greve. No dia seguinte, o governo comunicou aos diretores escolares que irá demitir os professores que aderirem ao movimento e tiverem cinco dias de falta durante a paralisação, proibindo-os também de assumir vagas efetivas pelos próximos três anos.
O governo estadual decidiu dar a falta não justificada aos professores concursados e ameaçou exonerar diretores e funcionários comissionados que fizerem publicações favoráveis à greve em redes sociais. Ainda, proibiu grevistas e representantes sindicais de entrarem no ambiente escolar.
Santa Catarina possui, atualmente, 37 mil professores da rede estadual, sendo 30 mil deles temporários e apenas 7 mil efetivos. Segundo dados do Sinte, mais de 45% dos profissionais já aderiram à greve no estado.
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