A Câmara de Vereadores de Campo Alegre oficializou a instauração da Procuradoria da Mulher. O evento de posse da procuradora Margarete Augustin foi realizado no Espaço Cultural Sirley Maria Neumann Johanson, reunindo dezenas de pessoas, na semana passada. A vereadora Évilin Ferraz (MDB) também assume uma função no novo departamento.
Durante seu discurso, Margarete disse estar feliz e triste ao mesmo tempo com aquele momento. A felicidade, explicou, é porque agora a Câmara de Campo Alegre passa a ter um espaço destinado a garantir apoio e focado em atuar para garantir igualdade de gênero. Mas triste porque não seria necessário ter uma Procuradoria da Mulher se as pessoas soubessem respeitar o próximo. “Se o mundo fosse mais justo e respeitoso, não precisaria de procuradoria ou estatutos”, disse.
Outro ponto destacado pela nova procuradora diz respeito ao trabalho que será desenvolvido a partir de agora. Conforme Margarete, além de campanhas educativas e palestras em escolas, a Procuradoria da Mulher será um espaço para receber denúncias e realizar ações. Além disso, ela reforça a possibilidade de ser dada voz às mulheres que são vítimas de algum tipo de violência. “Aqui mesmo em Campo Alegre existem muitas formas de agressão dentro das próprias casas”, revelou.
Por fim, a procuradora agradeceu o apoio que teve as câmaras de São Bento do Sul e de Rio Negrinho para criação do órgão no Legislativo campo-alegrense, assim como da prefeita Alice Grosskopf (MDB), a qual esteve presente em algumas reuniões para implantação da Procuradoria da Mulher. “E, para encerrar, gostaria de dizer que lugar de mulher é nos braços da felicidade”, encerrou.
O vereador Ernani dos Santos (PSD) foi responsável por conduzir a sessão. Ele destacou que objetivo da procuradoria é proteger e garantir a dignidade das mulheres, assim como segurança delas. Ele ainda destacou a importância da participação feminina na política, lembrando que Campo Alegre inclusive tem sua primeira prefeita, além de duas vereadoras.
Quanto às agressões, Ernani diz que estudos apontam que 52% das mulheres vítimas de violência não denunciam os abusos. “E isso precisa mudar”, disse, lembrando que a partir de agora a Câmara de Vereadores, com a Procuradoria da Mulher, também será um espaço para receber denúncias.
Voz
A vereadora Évilin Ferraz (MDB) enfatizou a importância do evento, porque a partir daquele momento as mulheres teriam um lugar em que podem confiar. Para a vereadora, a Procuradoria da Mulher garante mais um passo na construção de um mundo mais justo. Ela ainda leu uma carta destacando a importância de dar voz às mulheres.
Quem também destacou a importância do momento foi a prefeita Alice Grosskopf. Ela parabenizou as vereadoras pela iniciativa e destacou que a partir de agora as mulheres passam a ter um novo espaço de respeito, caminho e admiração. “Este é um momento muito bonito, mas será um desafio”, disse, parabenizando as vereadoras envolvidas e a Câmara.
Rede Catarina
A policial militar Cláudia Zelinski Figura, uma das responsáveis na região pelo programa Rede Catarina de Apoio à Mulher, falou sobre o trabalho feito pela Polícia Militar para garantir o cumprimento das medidas protetivas feitas por mulheres vítimas de violência doméstica.
De acordo com a policial, quando uma mulher obtém ordem judicial impedindo o contato com o agressor, a vítima pode ter acesso ao programa e utilizando o aplicativo da PM, tem à sua disposição um botão de pânico, por meio do qual as viaturas são acionadas imediatamente em caso de urgência. Desde a implantação do programa em São Bento do Sul e Campo Alegre, em 2019, mais de 1,2 mil mulheres foram atendidas.
Presenças
Entre as autoridades presentes estavam a prefeita Alice Grosskopf, as vereadoras de São Bento do Sul, Karen Lili Fechner (MDB) e Terezinha Dybas (PSD), e a presidente do Legislativo são-bentense, Zuleica Voltolini (PP). De Rio Negrinho estavam as vereadoras Alessandra Cristofolini (PL) e Roseli Zipperer do Amaral (PSDB). De Campo Alegre também estavam os vereadores Fernando Wotroba (PP), João Nilson Venera (PP), Tancredo Ronska (PP), e Ernani dos Santos, responsável por conduzir a sessão como presidente da mesa. O major Everaldo Stanchack, comandante da Polícia Militar também fez parte da mesa.
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