A equipe de combate a endemias de São Bento do Sul encontrou o primeiro foco do mosquito Aedes aegypti deste ano. As larvas foram identificadas no bairro Dona Francisca, por isso os moradores dessa região, principalmente, devem redobrar a atenção para evitar a propagação desse vetor de doenças.
Sandro de Jesus Plazido, chefe de setor de Controle de Vetores e Entomologia, conta que o trabalho de rastreamento foi retomado no início de janeiro. Ao todo, o município possui 502 armadilhas e 89 Pontos Estratégicos, que são imóveis e lugares que pelas suas características propicia a criação e dispersão do Aedes aegypti, como cemitérios, borracharias, cooperativas de materiais recicláveis, etc.
Ao mesmo também está sendo realizado o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), uma ferramenta utilizada no Brasil para monitorar e avaliar a infestação do mosquito em áreas urbanas. Esse levantamento é coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com os governos estaduais e municipais.
Um dos principais objetivos para esse ano, segundo Sandro, é reduzir o número de focos e, claro, evitar a disseminação da dengue, desafio esse que se torna ainda mais difícil diante das ondas de calor. Em 2023, todos os casos da doença identificados (24, no total) foram importados, contudo, devido à proximidade de São Bento com cidades completamente infestadas, como Joinville, surge a necessidade premente de preparação do poder público.
Balanço positivo
No ano passado, foram registrados 69 focos do Aedes aegypti no município. Apesar do número significativo, o poder público conseguiu executar uma série de ações preventivas, que prometem trazer bons resultados.
Os próprios agentes elaboraram e apresentaram peças de teatro em instituições de ensino, como o Sesc e o Colégio Global. Isso porque eles acreditam que as crianças desempenham um papel fundamental na disseminação das boas práticas em seus lares e comunidades.
Além disso, ocorreram mutirões para coleta de pneus nos bairros Serra Alta e Boehmerwald, considerados os mais preocupantes, conforme Sandro. Esse trabalho possibilitou o recolhimento de 102 itens e a redução de potenciais criadouros do mosquito.
A proposta, portanto, é dar sequência a essas ações e também efetivar a implantação de uma nova tecnologia, como já ocorre em Itajaí. Os servidores passarão a utilizar tablets para a inclusão das informações coletadas, substituindo o uso do papel e garantindo mais agilidade. “Será um trabalho bem mais rápido e vamos conseguir monitorar toda a situação em tempo real”, ressalta.
Denúncias
Denúncias de possíveis criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas na Ouvidoria da Prefeitura através dos números 156 ou 3631-6004 (WhatsApp) e pelo e-mail ouvidoria@saobentodosul.sc.gov.br.
Ajude a combater os focos
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
• Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentarem sintomas devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.
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