Sexta-feira, 30 de maio de 2025

Prazo final para troca de vasos e floreiras em cemitérios

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• Atualizado 10 anos atrás.

No dia 30 de setembro, vence o prazo concedido pela lei municipal para troca de vasos e floreiras considerados inadequados nos 14 cemitérios de São Bento do Sul. Até lá, familiares de entes queridos terão que substituí-los se não quiserem que sejam inutilizados por agentes públicos do Programa de Controle da Dengue. O objetivo é eliminar recipientes que acumulam água evitando o ambiente favorável para o desenvolvimento de focos do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti (que também pode transmitir a febre amarela e a febre chicungunha).

Segundo o coordenador do programa, Jerri Afonso Cristolofini, no cemitério central, localizado no bairro Schramm, apenas 10% dos materiais sobre os milhares de túmulos foram regularizados até agora. “Houve pouca adesão da população”, lamenta. Nos outros cemitérios de São Bento do Sul, a adesão foi menor ainda, conforme ele. “Fazemos um apelo à população”, solicita o coordenador, lembrando que, de acordo com a legislação, vasos e floreiras impróprios serão recolhidos pelo poder público. “Vamos trabalhar em cima da lei”, esclarece Jerri.

Campanhas Educativas

O trabalho de prevenção contra a dengue inclui também a realização de peças teatrais educativas, em escolas e empresas. Anualmente, principalmente nas proximidades do Dia de Finados (2 de novembro), são feitas panfletagens também. De acordo com a lei municipal, a Prefeitura disponibilizará placas com informações sobre os modelos de vasos e floreiras permitidos nos cemitérios de São Bento do Sul. Até o final do ano, explica Jerri, será aumentado o número de armadilhas no município, passando das atuais 321 para cerca de 400 unidades.

As paredes internas de vasos e floreiras são um local propício para a fêmea do Aedes aegypti depositar seus ovos, os quais eclodem se entrarem em contato com água, gerando mosquitos adultos em sete dias, em média. Assim, os recipientes considerados ideais são aqueles que propiciam o escoamento da água ou que sequer permitem o acesso dela. Um dos modelos contém massa de cimento até o nível da altura do vaso impedindo que as paredes do mesmo sejam utilizadas para depósito dos ovos. Entre os poucos familiares que já regularizaram a situação no cemitério central, alguns optaram por outras iniciativas, como preencher os vasos com isopor, mantendo os vasos furados na parte inferior para escoamento do possível acúmulo de água, ou colocando tampas de mármore nos recipientes.

Outra medida que também funciona é virar o vaso, já furado, de cabeça para baixo. Materiais como forro de pvc são igualmente válidos. Já a colocação de areia não é recomendada, a não ser que o proprietário fiscalize o recipiente a cada sete dias, pois o material se compacta com o tempo, deixando as paredes do vaso à mostra, e também tampa os orifícios por ventura existentes, fazendo com que a água se acumule. A lei municipal ainda estabelece que não serão permitidos sacos plásticos como compartimento para as flores, pois eles também acumulam água. Por parte da equipe de Programa de Controle da Dengue, formada pelo coordenador Jerri e pelos agentes Cleide Adriana Dias, Mário Alves de Moraes e Thaís Becker, a preocupação é maior porque setembro historicamente é um mês de chuvas.

Mais informações

Pelos telefones 3635-2228 e 9981-7600. “Qualquer dúvida, estamos à disposição para esclarecimentos”, ressalta o coordenador do Programa de Controle da Dengue.

Sem registro da doença este ano

Em 2014, até ontem, foram registrados 14 focos do mosquito em São Bento do Sul, 9 deles em armadilhas. Os números de 2014 já representam o dobro do total do ano passado inteiro. O caso mais recente foi registrado no início de agosto. Os primeiros dois casos do ano foram constatados no cemitério central, em janeiro, ocasião em que os agentes precisaram virar os vasos dos túmulos existentes no local. Apesar da situação, poucos familiares promoveram as adequações, o que culminou na referida lei, a qual já estava em estudo desde o ano passado.

Porém, em 2014 não há registro da doença no município, ao contrário de 2013, quando houve dois casos de dengue, um contraído por uma mulher em São Paulo e outro por um homem em Minas Gerais. Nos últimos anos, não houve nem um caso autóctone em São Bento do Sul, ou seja, contraído dentro do próprio município. A preocupação com a doença é necessária porque o caso mais grave da enfermidade, a dengue hemorrágica, pode levar a pessoa à morte.

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