O Democratas são-bentense tem uma difícil missão pela frente. Trata-se da reestruturação do grupo para as eleições de outubro. Em Santa Catarina, o DEM perdeu, além do governador Raimundo Colombo, vários deputados estaduais que deixaram a sigla para se filiar no PSD. Em São Bento do Sul, a situação não é diferente, com algumas migrações ao PSD e, mais recentemente, ao PSDB. Outros, como o vereador Cesar Godoy, rumaram ao PSB. Para o presidente do DEM, o vereador Tirso Hümmelgen, a debandada enfraqueceu a sigla.
Tirso explica que está no comando do partido de forma provisória, por falta de tempo para se dedicar à política. “Minha profissão exige muito tempo. Sendo assim, a ideia nesse momento é formar uma nova diretoria”, explica o vereador, que é médico.
O próximo passo para reestruturar o partido, segundo ele, é a realização de um levantamento preciso de todos os nomes que permaneceram no DEM. “Somente após feito isso, vamos pensar em uma nominata de pré-candidatos a vereador e sobre as coligações”, diz.
Tirso, que sempre se posicionou contrário à reeleição de vereadores, explica que pode rever seus conceitos em virtude do desmonte do DEM. “Sempre fui contrário à reeleição, a única exceção é a situação de nosso partido hoje, onde, devido à falta de nomes, posso acabar tomando uma decisão contrária, isso porque estamos em um momento de muita dificuldade com relação à manutenção do partido”, revela.
A tendência é que o DEM não tenha condições de apresentar uma nominata inteira de pré-candidatos a vereador. O presidente acredita que o grupo deva lançar entre cinco ou seis nomes para a disputa dentro de uma coligação com outro partido. “A orientação estadual nos indica a tentar uma composição onde esteja o PSDB. Trata-se de uma composição filosófica, já que o DEM e o PSDB são os maiores opositores ao PT”, argumenta.
Tirso cita, no jornal impresso desta quarta (15), da necessidade de planejamento a longo prazo.