Quinta-feira, 17 de abril de 2025

Pneumologista de São Bento alerta sobre riscos respiratórios após ‘chuva preta’

Fenômeno foi registrado em diversos municípios catarinenses

• Atualizado 14 dias atrás.

O fenômeno da “chuva preta”, registrado no último fim de semana na região, causado pela fuligem e cinzas das queimadas na Amazônia, gerou preocupações adicionais sobre a qualidade do ar e seus impactos na saúde respiratória. A fumaça, ao se misturar com a precipitação, escureceu a água da chuva, um indicativo preocupante do nível de poluição atmosférica, que se agravou com a umidade do ar em diversas áreas do país.

A pneumologista Sabrina Bollmann Garcia Schwingel explicou que a situação representa um risco à saúde, especialmente após o período de tempo seco que afetou a região no início do mês e a presença constante de fumaça, que comprometem a mucosa das vias respiratórias, desde o nariz até a traqueia, prejudicando a defesa natural do organismo contra impurezas.

Segundo a médica, o ar seco resseca a mucosa, diminuindo sua capacidade de proteção. “Isso facilita a penetração de impurezas. Além disso, o ar seco mantém as partículas de fumaça e pólen em suspensão por mais tempo, aumentando a concentração dessas substâncias. O problema é agravado pelos poluentes das queimadas, que podem desencadear crises de asma, bronquite crônica e agravar a condição de pacientes com enfisema pulmonar”, explicou.

Fenômeno
De acordo com o meteorologista-chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, Felipe Theodorovitz, o fenômeno da “chuva preta” pode se repetir em outras cidades catarinenses nos próximos dias, em função de uma frente fria que passa pelo estado, deslocando a fumaça para o sul do país. Ele esclareceu que a “chuva preta” não é visível como gotas escuras caindo do céu, mas sua presença pode ser facilmente percebida ao tocar o solo.

A população foi orientada a evitar o contato direto com a água da chuva, que pode conter substâncias tóxicas, e a permanecer em ambientes fechados sempre que possível. Outras recomendações incluem: evitar a exposição à chuva; não utilizar a água da chuva para consumo, higiene pessoal ou atividades domésticas; manter portas e janelas fechadas para minimizar a entrada de fuligem; e usar máscaras ou lenços para proteger nariz e boca, especialmente pessoas com problemas respiratórios.


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