O presidente do PMDB são-bentense, Daniel Lutz, destaca o resultado, principalmente, a expressiva votação de Mauro Mariani. Para ele, de um modo geral, os números foram os esperados. No entanto, não descarta a surpresa ante a votação de Aécio Neves (PSDB) no município, 63,24% dos votos válidos. Já com relação ao governador Raimundo Colombo (PSD), Lutz explica que a baixa votação dele no município era previsível. “O governador sabe que não deu a devida atenção à cidade em seu mandato e agora promete reverter isso”, explica.
E, para Daniel, o fato do governador ter perdido na cidade não trará risco de retaliação, pois Colombo reconheceu para lideranças peemedebistas que fez uma gestão aquém da esperada pela população local. “Ao governador ficou a mensagem de que está em débito com a cidade”, destaca o presidente. “Sempre o alertamos, e ele mesmo já reconheceu”, completa.
Por conta da não aprovação de Colombo junto aos são-bentenses, Daniel Lutz justifica a também derrota de Dário Berger (PMDB) na disputa ao Senado em São Bento do Sul. O peemedebista obteve 32,41% dos votos, enquanto seu principal adversário, Paulo Bornhausen (PSB), recebeu 52,95%. “Eles (Colombo e Dário) estavam com as candidaturas muito coladas e por isso acabou refletindo também no Dário”, explica.
VOTO REGIONAL FORTALECEU CENÁRIO
Entre os pontos positivos, Lutz aponta o incremento de quase 2 mil votos para o deputado federal Mauro Mariani em relação à eleição passada. Em termos proporcionais, o parlamentar recebeu nesta eleição, 53% dos votos válidos, contra 47% da eleição anterior. “Em São Bento, o Mauro não fez uma campanha intensa, mas ele trabalhou muito pela região ao longo dos anos, e isso refletiu em votos agora”, analisa.
Ainda conforme o presidente peemedebista, um dos principais objetivos durante a campanha foi mostrar para a comunidade os benefícios obtidos por meio de Mariani. “Muita gente não sabe o que um político lá em Brasília faz, mas o que o Mauro trouxe foi muito significativo”, afirma.
Com relação aos candidatos a deputado estadual, Daniel destaca a votação de Sílvio Dreveck (PP), que, apesar de ter reduzido o número de votos no contexto estadual, em São Bento, ainda conseguiu ampliar em cerca de 300 votos. “Isso mostra que, em São Bento, ele é um nome bastante forte”, disse.
Já sobre os candidatos peemedebistas, Lutz explica que o partido local não tomou a frente por nenhum deles, mas os três principais apoiados na cidade conseguiram se eleger: Antônio Aguiar, Carlos Chiodini e Valdir Cobalchini. E, segundo o presidente, todos se comprometeram a auxiliar a cidade durante seus mandatos. “E vamos cobrar isso”, afirma.
Para Daniel, mesmo com as críticas, Aguiar conseguiu ser o segundo mais votado no município, com aproximadamente 4 mil votos. E, apesar de não ter ainda saído do papel a quimioterapia, Lutz destaca que muitas ações e recursos chegaram ao município por intermédio do deputado. “De maneira geral, o PMDB ampliou a votação na cidade para deputados em relação à eleição passada”, comemora. “Foi um resultado positivo até mesmo para o governo municipal e também serve de lição, pois mostra que é preciso atenção na administração para com a população”, destacou, em referência à votação de Raimundo Colombo.
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