O vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), fez nesta segunda-feira (23) uma série de questionamentos sobre o fato do governador Raimundo Colombo (PSD) ter chamado o deputado Silvio Dreveck (PP) para assumir a condição de líder de governo na Assembleia Legislativa. Para ele, o são-bentense terá que trabalhar muito nos próximos dias para defender a reforma administrativa proposta por Colombo para este início de ano.
Para Pinho Moreira, o governador não precisaria ter escolhido alguém do PMDB para atuar em um cargo extremamente estratégico como a liderança de governo. Em seu entendimento, havia deputados experientes do PSD e do PDT, que estão na base de apoio e que poderiam seguramente defender as ideias do governo no Legislativo Estadual. “O Silvio Dreveck é um político elogiável, um político de postura correta. O que o PMDB questiona é o fato do governador ter buscado alguém de fora da base aliada − e justamente alguém que “trabalhou contra” e ajudou o governador a levar uma surra de votos na sua cidade, São Bento do Sul, onde o vencedor foi Paulo Bauer (PSDB). Isso que a gente não entende. Mas foi uma decisão pessoal do Colombo, e eu aceito, mas questionei sobre isso. Se foi bem ou mal-aconselhado, o tempo é quem vai dizer”, disse.
2018
Pinho Moreira encerra dizendo que as eleições do próximo ano nos municípios são essenciais para o sucesso do PMDB, visando também a necessidade de uma participação em chapa majoritária para o ano de 2018, quando acontece novamente a eleição para governador. “Não temos alternativa senão lançarmos de forma irreversível um candidato ao governo do Estado”, encerra.
Moreira ainda aborda a situação pela qual o governo do Estado vai passar nas próximas semanas, quando vai encaminhar o projeto de reforma administrativa para a Assembleia Legislativa, com medidas polêmicas, como as mudanças na Educação. A mais significativa está no fim da licença-prêmio para todos os servidores públicos estaduais, que recebem três meses de férias pagas a cada cinco anos trabalhados. “O trabalhador comum não recebe esse tipo de benefício, não é normal nos tempos atuais que isso continue ocorrendo. Talvez seja o momento do deputado Silvio Dreveck passar pelo maior teste em defesa do governo do Estado. Vivemos um momento de dificuldade, e as polêmicas serão geradas; a aprovação das medidas pela maioria dos deputados depende da habilidade do líder de governo”, completa.