Piloto de balão que caiu em Praia Grande não tinha licença para voar, segundo Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o piloto do balão que caiu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, no dia 21 de junho, não possui licença nem habilitação para voar. A informação foi repassada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que instaurou inquérito civil para apurar responsabilidades na tragédia que matou oito pessoas.

Segundo a Anac, Elves de Bem Crescêncio chegou a solicitar, em 2022, a licença de Piloto de Balão Livre (PPB), mas teve o pedido indeferido por não apresentar informações obrigatórias sobre a instrução prática. Atualmente, a agência afirma que não há operação certificada de balonismo no país e que voos com balões são permitidos apenas como prática desportiva, sob as regras do RBAC nº 103 — o que não exige licenciamento como em outras aeronaves.

A defesa do piloto, por sua vez, ressalta que ele possui vasta experiência e que a resposta da Anac comprova que não há histórico de infrações administrativas. A advogada Aline Marques também afirma que a aeronave e o piloto estavam devidamente cadastrados conforme o regulamento vigente.

As investigações continuam em andamento. A Polícia Civil e a Polícia Científica realizaram uma reconstituição do acidente com a participação do piloto. Um vídeo recente mostra o momento exato do pouso forçado, quando parte dos ocupantes deixou o balão antes de ele subir novamente e ser consumido pelas chamas.

As informações são do portal Nd Mais.