Penitenciária de São Bento do Sul completa duas semanas de atividades com mais de 100 presos transferidos

A Penitenciária Industrial de São Bento do Sul completou duas semanas de atividades nesta terça-feira (17). Após liminar favorável da justiça, o local foi autorizado a receber oito presos por dia desde o início deste mês. Até o início da semana, 80 detentos haviam sido transferido de outras unidades do estado para São Bento do Sul. Nos próximos dias são esperados outros 60, fechando assim as 140 vagas disponíveis no Bloco C.

Entregue em junho do ano passado ao Governo do Estado, a estrutura da penitenciária precisou passar por diversas adequações, como materiais de reforço nas celas e janelas. Por conta dessas obras, apenas o Bloco C ficou pronto para receber esses primeiros presos. A expectativa da administração local é que o Bloco B, ao lado do C, esteja com as adequações concluídas até o final do mês de julho, onde devem ser abrigados outros 250 internos. Por fim, o Bloco A, o maior deles, deve estar pronto entre dezembro deste ano e janeiro do próximo ano. Nesta ala estão previstas celas para até 300 camas, totalizando aproximadamente 700 vagas na unidade.

O local também conta com ambulatórios de saúde, cozinha, lavanderia, salas de atendimento psicológico e salas de aula, além de uma oficina que está em fase de elaboração do chamamento público para definir as empresas que irão atuar. “A alimentação está em dia, atendimentos de saúde, tudo funcionando. Não temos alteração nenhuma. O efetivo dos policiais já recebemos e boa parte deles já se apresentou. A parte de armamento e material bélico da unidade também está dentro do planejado”, ressalta Léo da Silva Feliciano, diretor geral a Penitenciária.

Presos condenados
Vale lembrar que, por se tratar de uma penitenciária, o local só poderá receber presos cujo processo tramitou com trânsito em julgado, ou seja, já foram condenados por seus crimes. São internos oriundos do sistema prisional de cidades como Jaraguá do Sul, Canoinhas, Mafra e Porto União.

O preso que optar por trabalhar dentro da unidade, após funcionamento das empresas, receberá um salário mínimo como pagamento, dos quais 25% são destinados ao estado para custeio de sua estadia, 50% seguem para sua família e os outros 25% vão para uma conta em seu nome, que só poderão ser sacados após cumprimento da pena.