Uma leitora entrou em contato com A Gazeta para relatar que uma decisão do secretário de Educação de São Bento do Sul, Josias Terres, tem gerado indignação e revolta entre pais e professores. Conforme Marta Helena Carini Cassol, que enviou a carta ao jornal, o secretário determinou a diminuição das aulas de disciplinas essenciais como Matemática, Geografia e Ciências para criar a disciplina de Pensamento Computacional. Ela afirma que a medida foi tomada sem consulta a diretores, professores ou pais, e sem um estudo de impactos dos prejuízos pedagógicos para com os estudantes da rede a longo prazo.
Marta comenta que o secretário justifica a mudança com a alegação de que o Ministério da Educação (MEC) exigiu a nova disciplina para liberar recursos financeiros, mas documentos revelam que esse componente tem até 2026 para ser implantado na rede e pode ser feito como “tema transversal”, onde professores de cada disciplina podem trabalhar em forma de projeto dentro das próprias disciplinas, sem perdas pedagógicas para com os estudantes.
A proposta de substituir parcialmente ou totalmente disciplinas fundamentais por Pensamento Computacional gerou críticas por parte da comunidade escolar, que questiona a falta de planejamento pedagógico. Além disso, professores e pais se preocupam com a capacitação dos docentes para lecionar a nova disciplina e a exclusão de matérias essenciais para o desenvolvimento dos alunos.
De acordo com a leitora, o secretário de Educação declarou que “professores contrários às mudanças são aqueles que não gostam de trabalhar”, o que tem gerado um aumento na insatisfação. Para ela, essas afirmações desrespeitam os educadores e ignoram o papel crucial que desempenham no processo educacional.
Ainda segundo Marta, a falta de diálogo, transparência e compromisso pedagógico já comprometeu o ambiente educacional, resultando em insatisfação generalizada entre os professores e gestores escolares. “A implementação de pensamento computacional não é o problema, mas sim a forma desastrosa como está sendo conduzida. Alterar a grade curricular sem capacitar os docentes, sem um estudo pedagógico sólido e sem consultar a comunidade escolar é um erro que pode comprometer gerações inteiras de estudantes”, disse.
Pais e professores pedem que o prefeito Antonio Tomazini intervenha para corrigir o curso da educação no município, priorizando o respeito aos educadores e um planejamento pedagógico adequado.
A carta completa sobre o assunto foi publicada no jornal impresso desta terça-feira (26).
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