No Brasil, foram registrados 73 mil novos casos de câncer de mama somente neste ano, contra 66 mil casos do ano passado. Dentre os cânceres, o de mama é o que mais vitima mulheres no país.
Daniela Avila Nesello é médica especializada em mastologia e atua no Hospital e Maternidade Sagrada Família. Ela destaca o Outubro Rosa como campanha de prevenção e conscientização para as mulheres sobre o câncer de mama.
“O objetivo é trazer informações para as mulheres e que elas possam pedir ajudar, fazer os exames como o de rastreamento. Cada vez que falamos sobre isso, conseguimos diminuir o tabu sobre o câncer de mama, que é uma doença causada pela multiplicação de células de formas alteradas. Ela tem uma capacidade de multiplicação dentro do tecido de forma desordenada, por isso faz a formação do tumor. Essa é a definição de câncer”, explica.
Diagnóstico precoce
O autoexame se torna extremamente importante para que as mulheres possam conhecer seus corpos. “Ele funciona para saber se tenho uma alteração na mama que não tinha antes. Deve fazer de maneira circular, palpando todos os quadrantes da mama, inclusive axila, para ver se sente alguma coisa alterada. Mas, o autoexame não substitui os exames de rastreamento. A mulher deve fazer uma vez por mês e sempre após a menstruação. Menstruei, devo estar fazendo esse autoexame até sete, no máximo 15 dias após a menstruação”, comenta a médica.
Um destes exames de rastreamento citados pela médica é a mamografia. “Vou submeter as mulheres que não têm sintomas para procurar alguma lesão que identifico na mama. O único exame que consegue reduzir o risco de mortalidade pelo câncer de mama é a mamografia. Ela consegue identificar essas alterações muito pequenas e deve ser realizada para mulheres a partir dos 40 anos e uma vez ao ano. Essa é a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia”, frisa.
O diagnóstico precoce, segundo cita Daniela, é imprescindível para aumentar as chances de cura. E ele vem justamente no autoexame feito em casa pelas mulheres. “Quando tem a detecção precoce do nódulo, tem um estadiamento mais precoce, tem maiores chances de cura dessa paciente. A gente consegue fazer menos tratamentos e com altas chances de cura”, ressaltou.
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