A tarde de sexta-feira (09) foi de muita tensão no auditório da Prefeitura de São Bento do Sul durante a apresentação do pré-projeto para a construção de um novo abrigo institucional destinado a crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social.
O encontro contou com a presença de autoridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário, além de moradores do bairro Schramm, localidade onde o abrigo poderá ser edificado.
Inicialmente, foi realizada uma exposição do projeto preliminar para o novo espaço, enfatizando a importância de um local adequado para acolher essas crianças, em conformidade com as medidas de proteção estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A obra é estimada em R$ 4 milhões.
O secretário de Assistência Social, Gilmar Pollum, destacou a importância de esclarecer à comunidade os motivos que justificam a construção do abrigo, visando dissipar informações desencontradas que têm causado confusão e falta de entendimento sobre o funcionamento real da instituição.
“Atualmente, contamos com uma casa alugada nas proximidades do bairro Schramm, porém suas dimensões já não comportam mais o atendimento, sendo imprescindível viabilizar um novo local”, explicou o secretário. Atualmente, 15 crianças são atendidas no município.
Em seguida, o juiz da 2ª Vara Cível, Felipe Nobrega Silva, e o promotor da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Bento do Sul, Matheus Azevedo Ferreira, abordaram a necessidade de uma estrutura adequada para o atendimento das crianças, incluindo uma equipe técnica para cuidados diários.
“Essas crianças são vítimas e enfrentam diversas formas de violência. Esperamos que a comunidade as acolha, pois o Abrigo Institucional não deve ser encarado como um serviço que cause constrangimento local. Uma de nossas maiores preocupações é que a estrutura atual não oferece conforto, tornando a construção do novo abrigo indispensável. Precisamos encontrar um novo local com urgência, pois a vida dessas crianças não pode esperar”, afirmou o juiz.
O que dizem os moradores?
Após a apresentação e fala das autoridades, houve um espaço aberto de até três minutos para alguns membros da comunidade, que moram próximos à localidade da possível construção, pudessem expressar as suas opiniões sobre a situação. Entre os temas mais debatidos, estava a dúvida sobre a legalidade da obra, envolvendo também outros fatores ambientais e que geraram indagação para as autoridades.
Inclusive o pedido de uma construção de uma área de lazer no espaço foi abordado pelos residentes do bairro Schramm, que por fim solicitaram a procura de outro local por parte do poder público para construção da Casa Abrigo, o que de momento foi acatado pelo prefeito Antonio Tomazini.
Os moradores mencionaram que não há preconceito ou ressalva contra construção do abrigo. e sim uma observação de que o terreno possa não atender às estruturas, gerando também um impacto na vizinhança.
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