Imagine você ficar trancado em uma cela pequena, por vários dias, sem condições mínimas de higiene. Isso significa sem escovar os dentes, sem tomar banho, sem trocar de roupa e fazendo suas necessidades físicas ali mesmo, em um pequeno vaso, sem privacidade. A descarga nem é você quem dá, e sim aguarda uma pessoa de fora passar por ali.
É esta a realidade enfrentada por vários presos na Delegacia de São Bento do Sul. A Gazeta já noticiou o problema em abril e em agosto deste ano, mas a situação continua. Nesta semana, a irmã de um dos detidos procurou o jornal para reclamar das condições precárias do local. “Os que estão ali erraram, merecem ser presos. Não questiono isso. Se fizeram coisa errada, tem que prender. Mas precisam também de um lugar minimamente decente”, afirma.
As visitas são proibidas porque não há condições de fazer revista. Os policiais que estão cuidando deste espaço não possuem tal atribuição, pois não são agentes prisionais. As celas da Delegacia deveriam ser usadas apenas provisoriamente, mas a falta de vagas em presídios dificulta o procedimento. “Está mais do que na hora de ter um presídio na cidade. Alguém tem que fazer alguma coisa, tomar alguma atitude”, solicita.
Veja mais detalhes sobre a situação das celas no jornal impresso desta quarta-feira (1).
