O deputado federal Mauro Mariani (PMDB) é um dos políticos a fazer parte da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). E ele não esconde sua posição, que é favorável à saída dela do governo. Em sua avaliação, vive-se um momento muito grave da história brasileira, e uma saída política precisa ser encontrada para se focar o crescimento do País. Entre os peemedebistas, dos oito parlamentares, cinco são contrários ao impeachment, porém Mariani acredita que em pouco tempo eles mudem de ideia.
Mariani traça um paralelo entre o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello e o momento atual. Ele explica que na época o ex-presidente Itamar Franco assumiu o governo e pacificou o País. Foi a partir deste momento que se iniciou um período de estabilidade política e com isso foi possível implementar o Plano Real. “Foi um momento de transição. Passamos por um momento grave, mas a partir daqui creio que possamos passar o Brasil a limpo e então propiciar novamente a estabilidade”, analisa.
Mas, para alcançar esta estabilidade, Mariani diz que a única alternativa é a saída da presidente, que, segundo ele, mostrou seu desespero com a atitude de nomear o ex-presidente Lula para a Casa Civil. “Foi um tapa na cara do povo brasileiro”, critica. “O governo não tem um projeto para tirar o Brasil da crise, hoje o principal objetivo é se manter no poder, nada mais do que isso”, emenda.
Posição catarinense
Mariani é também o presidente do PMDB em Santa Catarina, e os peemedebistas catarinenses foram os primeiros a deixar o governo federal. Os cargos foram todos entregues e, na avaliação do deputado, isso é também uma forma de provocação para seu próprio partido. “O PMDB é muito grande e por isso precisa ser provocado. Tanto que agora outros dez diretórios estaduais seguem esta mesma tendência”, disse.
Outro ponto defendido pelo parlamentar é que o PMDB, por ser o maior partido do Brasil, é fundamental para garantir governabilidade. “Podem falar o que quiser, mas só o PMDB pode garantir estabilidade”, confia.