“Cada um terá a vista da montanha que subir”, disse o pensador. Pois a visão que caminhantes tiveram no feriadão de Páscoa foi a das mais contemplativas, graças ao bom tempo. Oriundos de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Joinville, os aventureiros começaram a longa pernada rumo ao Monte Crista, em Garuva, na manhã da Sexta-Feira Santa (29).
Inicialmente, eles calcularam que seriam necessárias sete ou oito horas para chegar ao acampamento na montanha mais visitada da região. Com saída do estacionamento-base às 6h10 e chegada ao objetivo final pouco depois das 16 horas, obviamente a realidade superou as expectativas, ou seja, foram 10 horas de empreitada.
Com mochilas cargueiras carregadas com “comes e bebes”, itens de primeiros socorros, roupas em geral, equipamentos e acessórios de montanhismo, os integrantes do Grupo Perdidos no Barranco enfrentaram 31,69 ºC na subida, com bastante lama na parte inicial e o trecho mais íngreme (com as temidas e admiradas escadarias de pedra) na segunda metade da subida, que ainda inclui partes que estão mais para pequenas escaladas.
Acampamento montado, a sexta-feira foi mais de descanso depois de todo o suor derramado, mas logo na manhã de sábado, com o tempo bom prosseguindo e a ausência de sombra no local onde as barracas foram instaladas (devido à vegetação rasteira), eles seguiram para mais uma breve caminhada, desta vez com destino ao rio localizado a poucos metros.
O objetivo, claro, foi aproveitar as águas cristalinas do local, com direito a quedas d’água, piscinas naturais e curiosas formações rochosas, as quais, juntamente com as árvores que margeiam o rio, foram responsáveis também pelo fornecimento de sombra para o preparo do almoço, à base de polenta e defumados. Sombra e águas que também aliviaram os 32,37ºC marcados neste dia.
Mais uma noite no acampamento, do qual é possível ter uma vista privilegiada da Baía da Babitonga, de Joinville e da Serra Dona Francisca, os caminhantes começaram a descida no domingo, por volta das 8 horas, chegando ao estacionamento às 15 horas, com 33ºC nos termômetros.
Memórias
“O lugar continua incrível”, atesta o assistente administrativo-financeiro Fabio Przedzmirski, que retornou ao local após um hiato de cinco anos. Morador de São Bento do Sul, ele já tem experiência de caminhadas em vários outros locais nas alturas. “O Monte Crista tem algo diferente, que é o rio, algo que você não costuma ver em montanhas”, explica ele, que tem 39 anos. “Todo o sofrimento é compensado lá em cima”, resume.
Após participar de diferentes expedições, em diferentes locais, o comerciante Jan Paulo Wolanin, de Rio Negrinho, estreou no Monte Crista. “Foi sofrido conforme eu já esperava pelos comentários, sem falar que o calor atrapalhou bastante”, diz ele, aos 45 anos.
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