Milhares de comprimidos para depressão e ansiedade são entregues mensalmente

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• Atualizado 4 anos atrás.

O número de pessoas com depressão aumentou 18,4% nos últimos 10 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). São 322 milhões de indivíduos ou 4,4% da população do planeta. Na América Latina, dados indicam que o Brasil é o país mais ansioso e estressado. E essas duas causas, aliadas à esquizofrenia, estão relacionadas a 90% dos óbitos por suicídio.

Em São Bento do Sul, pacientes de diversas faixas etárias, inclusive adolescentes e idosos, fazem uso de medicamentos psicotrópicos. Na Central de Medicamentos são distribuídos cerca de 40 mil comprimidos por mês de fluoxetina, 30 mil de sertralina e 35 mil de amitriptilina. São todas soluções antidepressivas viabilizadas pelo município.

Neste caso, para adquirir o remédio de forma gratuita, basta que o paciente apresente uma receita médica preenchida adequadamente e um documento de identificação. A dispensação, segundo a farmacêutica e coordenadora da Assistência Farmacêutica, Cizete Lobermayer, pode ser para 30 ou 60 dias de tratamento. Esse processo é rápido. Se todos os documentos estiverem corretos, a pessoa consegue o medicamento na hora. Também não é necessário comprovar renda.

“Claro, pode ocorrer algum desabastecimento. Nem tudo é 100% perfeito, pode ter uma falta, mas corremos atrás para que isso não ocorra”, comenta. O sistema faz todo o controle, isto é, computa o dia em que o usuário retirou o medicamento e quanto obteve. Isso impede que as pessoas busquem mais remédios antes do prazo estipulado para o tratamento. “Sem esse controle, alguns vão ter um acúmulo de medicamentos em casa e outros não vão ter nada”, avalia.

Uso racional
Os quadros de depressão e ansiedade envolvem muitas variáveis, por isso é essencial o acompanhamento multiprofissional e o uso racional. O psicólogo e psicanalista Robson dos Santos Mello lembra que existem muitos casos de pacientes que tomam medicamentos durante anos e anos e, mesmo assim, não conseguem evitar o suicídio. “Uma pessoa que está num quadro depressivo, leve, moderado ou grave, precisa ir num médico, psiquiatra e buscar algum remédio. Nisso não há dúvidas, mas poucos conseguem lembrar que o paciente também precisa de suporte emocional”, comenta.

Há, ainda, uma relação entre o uso prolongado e o peso corporal. “As mulheres, por vezes, têm um ganho de peso gigantesco. Se ela já estava triste, agora tem mais um elemento de tristeza porque o corpo de modificou”, comenta.

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