Quinta-feira, 24 de abril de 2025

Médico de São Bento fala dos cuidados e tira dúvidas sobre a dengue

Médico acredita que o pico no país será em março e abril

• Atualizado 20 dias atrás.

A dengue atingiu níveis alarmantes no Brasil em 2024, levando estados, como Santa Catarina, a declarar emergência. Milhares de pessoas já foram diagnosticadas com a doença e muitos óbitos também foram contabilizados. O infectologista da Secretaria de Saúde, Luiz Felipe de Souza Moreira, falou sobre os cuidados e tirou dúvidas sobre a doença. Ele alerta para o pico da doença, que é esperado para março e abril, isso em âmbito nacional.

Os sintomas da dengue clássica, como febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e fraqueza em geral, são similares a de outras doenças, por isso há uma dificuldade em fazer o diagnóstico inicial. “É difícil fazer uma diferenciação. Parece uma gripe, a diferença é que neste caso evolui para sintomas respiratórios, já a dengue não”, comenta o infectologista.

Para identificação, o paciente normalmente realiza um exame laboratorial. Em São Bento do Sul, essa amostra de sangue coletada na rede pública é encaminhada ao Lacen para análise e pode levar alguns dias até o resultado ser emitido.

A fase febril dura habitualmente uma semana. E quando esse sintoma passa, a maioria evolui para a recuperação e cura da doença, porém, algumas situações também podem progredir para as formas mais graves, gerando hemorragias e perdas de fluidos.

Tratamento
Ao primeiro sinal, o paciente deve buscar uma unidade de saúde para avaliação e tratamento adequado. A intenção, segundo o médico, é fazer esse manejo fora do ambiente hospitalar para não o sobrecarregar. Como protocolo de atendimento, o primeiro passo é a hidratação, considerada a principal arma para controle da doença.

O infectologista também alerta que não existe um tratamento específico para combater a dengue e nem todo medicamento pode ser utilizado pelo paciente. Remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios não esteroidais devem ser evitados devido ao risco de complicações hemorrágicas. Indica-se, portanto, apenas o uso de dipirona e paracetamol para aliviar os sintomas.

Os remédios devem ter um uso controlado, afinal, toda droga pode apresentar efeitos colaterais. O paracetamol, por exemplo, pode acarretar em alterações hepáticas em uso excessivo, assim como a própria dengue também agride o fígado.

Tipos de dengue
A dengue não é uma doença de vírus único. Conforme o infectologista, são conhecidos cinco sorotipos, contudo, no Brasil há quatro em circulação (tipo 1, 2, 3 e 4 ou DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4).

A predominância de um ou outro sorotipo varia em diferentes regiões, sendo o mais prevalente 1 e 2. No entanto, qualquer uma das variações pode gerar infecções graves, assintomáticas, leves ou até mesmo ocasionar óbitos. “Espera-se que o tipo 2 seja um pouco mais agressivo, mas o paciente também pode ficar grave no tipo 3. Não faz diferença para o infectado o tipo de dengue. O mais importante é verificar se foi a primeira contaminação ou não”, destaca o médico.

Prevenção
Algumas medidas ajudam na prevenção da dengue. Além da remoção de recipientes que podem acumular água parada, recomenda-se o uso de repelentes para inibir a ação do mosquito transmissor. Mas nem todo produto é eficaz.

Para adultos, conforme Luiz Felipe, são recomendados repelentes com 20% de Icaridina. “Não são muito baratos, mas ajudam muito”, afirma. Além disso, é crucial que pessoas infectadas pela dengue também utilizem o produto como medida adicional para evitar o contágio de outros indivíduos.

Outro meio para reduzir as hospitalizações e óbitos é a vacina. O desafio, porém, é consegui-la. “São Bento do Sul não foi contemplada porque não têm muitos casos e nenhuma confirmação autóctone até o momento”, comenta, referindo-se as destinações de lotes feitas pelo Ministério da Saúde.

Denúncias
Denúncias de possíveis criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas na Ouvidoria da Prefeitura através dos números 156 ou 3631-6004 (WhatsApp) e pelo e-mail ouvidoria@saobentodosul.sc.gov.br.


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