Em São Bento do Sul, de acordo com dados repassados pela assessoria de comunicação da Prefeitura, de janeiro a 6 de maio foram contabilizados, nas unidades de saúde do município, 5.350 atendimentos por doenças do aparelho respiratório. Já sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no nível estadual, Santa Catarina já tem 3.180 casos confirmados, segundo o painel do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS (Cieges SC).
A SRAG é uma complicação da parte pulmonar. O médico Eduardo Castanhel explicou que, normalmente, é um líquido muito grande que se acumula no pulmão devido a uma infecção viral mais grave. Pode ocorrer em situações de gripe, Covid e bronquiolite. “A Síndrome Respiratória Aguda é quando a pessoa evolui mal do processo de infecção”, disse.
E, nessa época do ano, períodos mais frios, a proliferação pode ser maior, pois os hábitos são diferentes e há maior concentração de pessoas em locais fechados. “Esse processo de ficar num ambiente fechado é tudo que o vírus quer”, menciona o médico.
Cuidados necessários
Evitar locais com aglomeração ou mantê-los arejados são alguns cuidados que se deve ter. A higienização das mãos, principalmente, faz parte das ações para diminuir a proliferação do vírus da gripe. E, segundo Castanhel, a hidratação também é necessária.
Mas o principal meio de prevenção é a vacinação. “Ela vai te dar uma proteção muito grande contra esses episódios de gripe mais forte, que é a influenza, aquela gripe que a pessoa pega uma vez na vida e ela vai lembrar que pegou essa gripe”, cita, relembrando que existem diferenças entre a gripe e o resfriado.
Muitos não sabem e podem confundir, mas a gripe e o resfriado são diferentes. No caso da gripe, os sintomas são mais intensos, a febre é muito alta e a dor no corpo é persistente. Como explicou Castanhel, são de sete a dez dias de sintomas. Diferente do resfriado, em que a febre é mais baixa, há coriza, dor de garganta e dor no corpo mais leve.
Vacina da influenza
Depois da aplicação da vacina contra a gripe, ela começa a proteger em duas semanas, ou seja, é o tempo que leva para a imunidade se formar contra o vírus. A vacina via SUS é trivalente, contendo imunização contra H1N1, influenza A e influenza B, diferente das vacinas da rede privada, que são quadrivalentes.
Porém, muitos ainda se questionam se podem pegar gripe mesmo tomando o imunizante. “Por exemplo, a pessoa vai tomar a vacina e, no dia seguinte, começa a ficar gripada. Nada tem a ver com a vacina, por ser um vírus morto”, pontuou o médico. Ele ainda complementa que, ou a pessoa já estava incubando algum vírus antes da vacinação, ou pode ser uma reação, que às vezes causa dor no local da aplicação, febre e indisposição.
Eduardo ainda reforça que a vacina da gripe e a vacina da Covid são diferentes. “Muita gente, em redes sociais, em situações de fake news e comunicações via WhatsApp, fica espalhando que a vacina da Covid está na vacina da gripe. Não”, complementa dizendo que isso gera uma certa resistência à imunização. Ele percebeu que não há baixa adesão apenas à vacina da influenza, mas também a outros imunizantes.
Contraindicações
São poucas as contraindicações da vacina da gripe. Por exemplo, crianças menores de seis meses e pessoas que tiveram reação alérgica ao imunizante não devem tomar a vacina. Existem também contraindicações relativas, como a dúvida: “posso tomar a vacina mesmo estando com sintomas gripais?” Segundo o médico, não.
“A partir do momento que você está combatendo uma infecção, está lutando contra um processo de resfriado, está com febre, com sintomas respiratórios ou tratando com antibiótico, se fizer a vacina, você não terá a resposta imunológica adequada”, cita. Mas, em relação às contraindicações momentâneas, depois que os sintomas passam, pode e deve-se vacinar tranquilamente.
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