“Administrar a cidade não é difícil. Difícil é aguentar a politicagem”. Foi assim que o vereador e ex-prefeito Fernando Mallon (PMDB) iniciou sua fala, na sessão de segunda-feira (18), ao ocupar a tribuna livre para comentar sobre postagens feitas no Facebook de que a Prefeitura havia gasto R$ 434 na aquisição de 2kg de bolacha salgada e 3kg de bolacha doce para um coffee break.
Conforme o vereador, o valor está correto, no entanto, quem postou omitiu diversas informações, como o fato de que trata-se de um coffee break para cerca de 100 pessoas que participaram da Conferência da Cidade, sendo que a mesa foi preparada em dois períodos, ou seja, pela manhã e à tarde. “A postagem induzia as pessoas a acreditarem, falsamente, que foi feita uma despesa nestes moldes”, disse.
Ainda de acordo com o vereador, em se fazendo uma conta rápida percebe-se que não há nada de ilegal ou imoral no valor aplicado no coffee break. Pois como foram 100 pessoas em cada período, o total de 200 refeições ao longo do dia, dividindo os R$ 434, chega-se a uma média de R$ 4,34 por pessoa, levando em consideração que a mesma pessoa comeu tanto de manhã quanto à tarde. “Nada de absurdo, nada de imoral, nada de mau uso de dinheiro público. Mas, claro que isto não interessa ser esclarecido por pessoas de má-fé”, critica.
Ainda conforme o vereador e líder de governo na Câmara, mais postagens como esta vão surgir na internet ao longo da campanha eleitoral. “E muitas são comentadas e compartilhadas por fakes (usuários falsos) só com objetivo de manchar a imagem de pessoas politicamente”, completa.
Informações erradas
Apesar da reclamação de Mallon, o vereador Peter Kneubuehler (PP) alertou que em parte a culpa é da própria Prefeitura, pois a postagem tinha como base justamente o que estava no Portal da Transparência. “Eu estava no evento e sei o que foi servido. Mas se é para ser um Portal da Transparência, o mínimo que se espera é que seja transparente”, disse.
De acordo com Mallon, as informações contidas na internet quanto a contratos e empenhos da Prefeitura são de forma resumida. Mas novamente Kneubuehler defendeu que sejam postadas informações completas para não gerar dúvidas em quem as consulta ou mesmo para evitar mau uso dos dados.