A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apresentou na tarde de quinta-feira (31) os resultados da pesquisa sobre os impactos do tarifaço anunciado pelo governo americano. Segundo o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, até quarta-feira – data da publicação da ordem presidencial –, ainda havia alguma esperança de adiamento da nova política tarifária. Aguiar destacou que, junto ao governo federal, a Fiesc continua defendendo uma atuação com “serenidade e diplomacia, mas sem retaliação” aos Estados Unidos.
O economista-chefe da entidade, Pablo Bittencourt, comentou que o total de quase 700 exceções do tarifaço contempla uma parte muito pequena das exportações catarinenses, pois foram poupados principalmente produtos ligados ao setor de aviação, pouco representativo na economia estadual. Ele destacou, porém, que a chamada “Seção 232” foi mantida por enquanto. Trata-se de uma investigação comercial que excetua inúmeros bens de uma taxação maior, inclusive os móveis. Pablo lembrou, também, que a definição da investigação pode representar mudanças para o setor em breve.
Ele reiterou que o Planalto Norte catarinense pode ser o local mais afetado caso o tarifaço avance sobre os segmentos de produtos de madeira e de móveis, já que os Estados Unidos foram responsáveis por 42,5% das compras destes produtos fabricados nos municípios da região em 2024.
Lista mais específica
De acordo com a Fiesc, uma lista mais específica ainda será publicada pelo governo americano, detalhando melhor os produtos brasileiros atingidos e as respectivas taxações. A entidade afirma que a lista atual de produtos isentos é extensa e cheia de particularidades, inclusive deixando margem para dúvidas, pois um mesmo setor pode ter determinados itens nesta lista e outros não.
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