Sábado, 31 de maio de 2025

Mais de 13 mil raios atingem a região, por ano

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• Atualizado 10 anos atrás.

No final da tarde terça-feira, a forte chuva assustou os moradores da região, mas foram principalmente os raios que mais chamaram a atenção, principalmente pelo grande número de descargas elétricas atmosféricas registradas. Os relâmpagos ajudaram a engrossar ainda mais o volume de raios que atingem as cidades de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho, as quais, juntas, totalizam uma média de 13.706 descargas elétricas por ano.

Os números – que surpreendem pela precisão – fazem parte de um estudo desenvolvido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números da incidência de descargas atmosféricas por município para todo o Brasil são obtidos com base nos dados do sensor orbital LIS (Lightning Imaging Sensor). O sensor está a bordo da plataforma Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM), que é uma missão conjunta entre as agências espaciais Nasa (americana) e Jaxa (japonesa).

Mortes

O levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica também revela que, durante o período em que o estudo está em vigor – ele iniciou em 1998 –, uma pessoa já perdeu a vida em São Bento do Sul após ser atingida por um raio. Em Rio Negrinho e Campo Alegre, nenhum óbito foi registrado tendo como causa descarga elétrica atmosférica. Mesmo com a baixa incidência de mortes, cuidados básicos, como não ficar em locais abertos ou altos, perto de estruturas elétricas ou metálicas, ou dentro da água, previnem riscos de choques, que podem chegar a 10 milhões de volts. Na década, segundo o Elat, ocorreram 36 mortes por relâmpagos em Santa Catarina. A região Sul corresponde a 17% dos óbitos do País. A vítimas são na maioria agricultores – ficar em locais abertos, como um campo, ou procurar abrigo debaixo de árvores aumenta as chances de ser atingido por relâmpago.

O estudo do Elat revela que, em São Bento do Sul, há incidência de 7,67 descargas atmosféricas por quilômetro quadrado ao ano. Como o município tem área total de 495 quilômetros quadrados, dá uma média de 3.796 raios sobre o solo são-bentense a cada doze meses. Em Campo Alegre, a média é 7,27 descargas atmosféricas por quilômetro quadrado, totalizando 3.613 raios ao ano ao longo dos 497 quilômetros quadrados de área do município.

A campeã na região é Rio Negrinho, não pela quantidade de raios por quilômetro quadrado – de 6,92 –, mas pela sua grande área territorial, que faz a cidade ter 6.297 descargas elétricas ao ano sobre seus 910 quilômetros quadrados.

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