Professores da rede estadual que atuam na região participaram na terça-feira (30) de um ato realizado no Centro Administrativo de Santa Catarina, em Florianópolis. A ação faz parte da greve que atinge todo o estado e cobra diversas melhorias do governo estadual, como a realização de um novo concurso público e a descompactação da carreira. A greve, que iniciou no último dia 23, entra hoje no seu nono dia.
A professora Flávia Watras, de São Bento do Sul, esteve na manifestação estadual dessa terça-feira. “Estamos aqui em busca de melhorias para a educação, para que as promessas sejam cumpridas. Estamos em luta por concurso público, descompactação da tabela, redução dos 14% de desconto aos aposentados e hora-atividade para todos os professores”, frisou.
De Rio Negrinho, a professora Gabriele Stiegler também integrou a comitiva. “A importância do movimento é mostrar a união da classe e o descontentamento com a falta de respeito com os profissionais da educação por parte do nosso governo. O número de professores hoje na greve mostra que ameaçar não causa medo. Nossa união é maior e nossa greve é legítima”, ressalta.
Negociações
Conforme Daniel Macanudo, do comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), regional de Mafra, mais de 120 ônibus de várias regionais participaram do ato. “Nossa caravana saiu em três ônibus com integrantes de São Bento do Sul, Campo Alegre, Mafra, Rio Negrinho, Itaiópolis, Papanduva e Monte Castelo. Os professores não se intimidaram com as atrocidades cometidas pelas regionais de educação e invadiram Florianópolis para mostrar sua força ao governador”, ressaltou Daniel.
Por volta das 15h30 de terça-feira (30), durante a manifestação, a Secretaria de Administração do Estado recebeu representantes do Sinte para nova tentativa de diálogo. “Sem propostas do governo. A greve continua e dia 8 foi convocado novo ato, data que a comissão deu para o governo apresentar algo”, disse Macanudo após reunião fracassada com o governo.
A professora doutora Fabiane Bretanha Gutierrez, que é ACT em São Bento do Sul, disse que a reunião entre governo e grevistas durou cerca de duas horas. “Mais uma vez o governador não apresentou nenhuma proposta consistente e que atendesse minimamente a categoria. Mais uma vez foram só falácias, já que não apresentou nenhum documento pautando a sua contraproposta”, frisou. “Decidimos por unanimidade continuar em greve, lutando por nossos direitos e por Educação Pública de qualidade”, concluiu.
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