O furto de cabos telefônicos e elétricos tem se intensificado na região, refletindo uma realidade que atinge todo o Brasil. Os casos afetam diretamente serviços essenciais como energia, telecomunicações e iluminação pública. Em São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, ocorrências recentes divulgadas pela Polícia Militar apontam a atuação tanto de pequenos infratores quanto de grupos mais organizados, que utilizam veículos disfarçados e conhecimento técnico para subtrair cabos.
Os materiais furtados, geralmente de cobre, são repassados a sucateiros e recicladores ilegais, que queimam o revestimento do fio para facilitar a revenda do metal. Além do alto custo com reposições, que ultrapassa R$ 1 milhão por ano para Celesc, os crimes afetam diretamente o fornecimento de energia para residências, escolas, hospitais e indústrias.
O comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Cremilson Veloso, reconhece o aumento das ocorrências e aponta a reincidência como um dos maiores desafios no enfrentamento ao crime. “Em 2025, só em São Bento do Sul, já prendemos mais de dez criminosos em flagrante por furto de fios. O problema não é a falta de policiamento, e sim a impunidade. Muitas vezes, mesmo após a prisão, os autores voltam a cometer o crime”, afirma.
O comandante também criticou a lentidão do sistema judiciário. “Hoje, o sentimento de impunidade estimula a prática de delitos. Temos casos recorrentes de furtos cometidos por moradores de rua ou pessoas em situação de vulnerabilidade, que veem na venda do cobre uma forma rápida de obter dinheiro”, acrescenta.
Ao notar qualquer movimentação suspeita, a população deve acionar a PM pelo 190. “Nossa equipe está pronta para agir”, completou.
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